Produtividade, composição mineral e teor de compostos fenólicos em feijão-vagem de crescimento determinado em diferentes estações do ano
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5p1469Palavras-chave:
Condições ambientais, Desempenho agronômico, Phaseolus vulgaris L.Resumo
A semeadura de sementes em diferentes épocas do ano encontra condições ambientais distintas, que podem resultar em diferentes respostas agronômicas e na produtividade de culturas agrícolas. Considerando a falta de informações sobre o efeito das variações climáticas no desempenho agronômico do feijão-vagem (Phaseolus vulgaris) é importante avaliar a produtividade e o teor de nutrientes quando semeados em diferentes épocas do ano. Assim, o estudo objetivou avaliar a produtividade e a composição de compostos minerais e fenólicos em sementes de diferentes genótipos e cultivares de feijão-vagem – UEL 1, UEL 2, Isla Macarrão baixo, Isla Manteiga Baixo e Feltrin Macarrão Napoli – semeados na primavera e outono. Foram avaliados o número de vagens por planta, sementes por vagem, sementes por planta e produção de sementes. A composição química das sementes foi determinada medição das quantidades de proteína bruta, cálcio, magnésio, potássio, fósforo, enxofre, ferro, zinco, manganês e compostos fenólicos totais. Foi realizada análise de variância conjunta dos experimentos, com médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5%. A interação entre genótipo e época de semeadura afeta o número de sementes por planta, a produtividade e as concentrações de proteína bruta, zinco e manganês. A semeadura na primavera favoreceu a produção de sementes na cultivar Isla Manteiga Baixo, o número de vagens produzidas por planta, e o acúmulo de fósforo e ferro nas sementes. A semeadura no outono resultou em um aumento nas concentrações de potássio e dos compostos fenólicos totais. As concentrações de cálcio e magnésio nas sementes variam de acordo com o genótipo.Métricas
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