Desempenho e qualidade de ovos de codornas em final de produção alimentadas com níveis crescentes de cálcio

Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de níveis crescentes de cálcio na dieta sobre o desempenho, a qualidade do ovo, e a quantidade de cálcio retido na carne e excretado por codornas japonesas em final da produção. Quatrocentas codornas japonesas de 46-58 semanas de idade foram distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo os tratamentos constituídos de cinco níveis de cálcio: T1 = 2,95%, T2 = 3,25%, T3 = 3,55%, T4 = 3,85% e T5 = 4,15%. As variáveis de desempenho incluíam o consumo de ração (g/ave/dia), produção de ovos (%), conversão alimentar por massa de ovo e por dúzia de ovos, massa de ovo (g), e viabilidade. Para a qualidade dos ovos foram avaliados o peso dos ovos, porcentagem de albúmen, peso da gema, porcentagem de casca e espessura da casca. Também foi avaliada a quantidade de cálcio presente na carne e a quantidade de cálcio excretado pelas codornas. O aumento dos níveis de cálcio influenciou linearmente a conversão alimentar, o peso de gema e a porcentagem de casca de ovo. A espessura da casca aumentou até o nível de inclusão de 3,85% de cálcio. O teor de cálcio da carne diferiu entre as codornas; as codornas alimentadas com o menor nível de cálcio (2,95%) apresentaram maior teor de cálcio na carne, enquanto a excreção de cálcio aumentou com o aumento dos níveis de cálcio na dieta. Em conclusão, a adição de 3,85% de cálcio na alimentação de codornas no final da produção melhorou a qualidade da casca do ovo, e manteve a qualidade interna e o desempenho dentro dos padrões recomendados para a fase de produção estudada nesta espécie. Níveis superiores a 3,85% de cálcio influenciaram negativamente os parâmetros analisados.