Comportamento ingestivo de ovinos mestiços da raça santa inês recebendo água com níveis de salinidade
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n2p1057Palavras-chave:
Defecação, Ruminação, Ócio.Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito dos níveis de salinidade da água de consumo sobre o comportamento ingestivo de ovinos inteiros mestiços da raça Santa Inês, criados no semiárido Nordestino Brasileiro. O experimento foi conduzido no setor de metabolismo animal, pertencente a Embrapa Semiárido, localizada em Petrolina/PE, situada na região Nordeste do país. Foram utilizados 32 ovinos inteiros mestiços da raça Santa Inês em confinamento, com idade de sete meses e peso corporal médio inicial de 21,76±1,25 Kg. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e oito repetições. Foram avaliados quatro teores de sais na água de beber dos animais: 640 - baixo; 3.188 - médio; 5.740 - alto e 8.326mg/l - muito alto de sólidos dissolvidos totais (SDT). Para o comportamento ingestivo foram realizadas observações a cada dez minutos, durante 24 horas, para determinação do tempo despendido em alimentação, ruminação e ócio. Além da determinação da mastigação merícica e número médio de defecação, micção e frequência de ingestão de água. O tempo despendido com alimentação, ruminação e ócio não sofreram alteração com os níveis de salinidade na água, assim como o consumo de matéria seca, consumo de fibra em detergente neutro, tempo de mastigação total, número de mastigação merícica por dia, número de refeição diária, duração média de cada refeição e o número de vezes de defecação por dia. Contudo, as eficiências de alimentação e ruminação em gramas de MS/h, o consumo de água ofertado, número de vezes de micção e ingestão de água, tiveram efeitos lineares, enquanto as variáveis: eficiência de ruminação em gramas de FDN/h, gramas de matéria seca por bolo, gramas de fibra em detergente neutro por bolo, número de bolos ruminais, número de mastigação merícica por bolo e tempo de mastigação merícica por bolo apresentaram efeitos quadráticos. Os diferentes níveis de sólidos dissolvidos totais (640, 3.188, 5.740 e 8.326 mg/l SDT), presente na água de beber de ovinos não promoveu alterações no comportamento ingestivo. Conclui-se que, águas com até 8.326 mg SDT/l podem ser uma alternativa de uso estratégico e sazonal para a dessedentação de ovinos mestiços da raça Santa Inês criados na região semiárida do Nordeste brasileiro.Downloads
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