Utilização de anticorpos monoclonais e policlonais para diagnóstico ante- e post-mortem do scrapie

Authors

  • Helen Caroline Raksa Universidade Católica do Paraná
  • Michele Dietrich Moura Costa Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Lorenzo González Veterinary Laboratories Agency, Pentlands Science Park
  • Caroline Pinto de Andrade Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • David Driemeier Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Jair Rodini Engracia Filho Universidade Católica do Paraná
  • Cristina Santos Sotomaior Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n2p849

Keywords:

Scrapie, Diagnóstico, Imunohistoquímica, Anticorpos.

Abstract

Scrapie é uma doença que afeta ovinos e caprinos, sendo definida pelo acúmulo de uma isoforma anormal (PrPSc) da proteína priônica celular (PrPC) no Sistema Nervoso Central (SNC) e em tecidos linfoides. Para as técnicas de eleição do diagnóstico de scrapie, imunohistoquímica (IHQ) e western blotting (WB), podem ser utilizados uma vasta gama de anticorpos monoclonais e policlonais comercialmente disponíveis. O objetivo deste estudo foi testar e comparar a eficácia dos anticorpos monoclonais disponíveis comercialmente, F89/160.1.5, F99/97.6.1 e P4, e os anticorpos policlonais R486 e M52, para a identificação da presença da PrPSc em amostras de tecido linfoide e SNC através da técnica de IHQ. Foram utilizadas nas avaliações de IHQ amostras positivas e negativas de cérebro e tonsila palatina de ovinos, cedidas pelo Animal Health Veterinary Laboratory Agency (AHVLA), Reino Unido. Para WB, foram utilizadas amostras de encéfalo, baço, linfonodo, terceira pálpebra e mucosa retal de ovino. As análises IHQ utilizando anticorpos monoclonais e policlonais em amostras positivas de cérebro confirmaram a deposição da PrPSc em neurônios, caracterizada por marcações de aspecto granular intraneural. Na amostra negativa de cérebro, os anticorpos monoclonais não identificaram marcações positivas, o que foi possível verificar ao utilizar os anticorpos policlonais. Testando a amostra positiva de tonsila palatina com os anticorpos monoclonais e policlonais, identificaram-se marcações positivas e, com a amostra negativa, não se observaram marcações com nenhum dos anticorpos, porém observou-se backgroud nos anticorpos monoclonal P4 e policlonais. Apesar dos anticorpos policlonais possuírem valores mais acessíveis, o presente estudo revelou que a utilização dos anticorpos policlonais é inviável, pois a análise pode gerar um resultado falso positivo.

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Author Biographies

Helen Caroline Raksa, Universidade Católica do Paraná

Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, São José dos Pinhais, PR, Brasil.

Michele Dietrich Moura Costa, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Profª, Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG, Ponta Grossa, PR, Brasil.

Lorenzo González, Veterinary Laboratories Agency, Pentlands Science Park

Veterinary Research Pathologist, Animal Health and Veterinary Laboratories Agency, AHVLA, Pentlands Science Park, Bush Loan, PENICUIK, Midlothian, Scotland, UK.

Caroline Pinto de Andrade, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Discente de Pós-Doutoranda do Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

David Driemeier, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof., Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinária, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Jair Rodini Engracia Filho, Universidade Católica do Paraná

Prof., Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, São José dos Pinhais, PR, Brasil.

Cristina Santos Sotomaior, Universidade Católica do Paraná

Profª, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária – Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, São José dos Pinhais, PR, Brasil.

Published

2015-04-22

How to Cite

Raksa, H. C., Costa, M. D. M., González, L., Andrade, C. P. de, Driemeier, D., Engracia Filho, J. R., & Sotomaior, C. S. (2015). Utilização de anticorpos monoclonais e policlonais para diagnóstico ante- e post-mortem do scrapie. Semina: Ciências Agrárias, 36(2), 849–862. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n2p849

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