Biodigestão anaeróbia da vinhaça: aproveitamento energético do biogás e obtenção de créditos de carbono – estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2010v31n4p901Palavras-chave:
Biodigestor, Etanol, MDL, Resíduo sólido, UASBResumo
A crescente produção de etanol no Brasil acarretou aumento na produção de vinhaça (principal subproduto da indústria sucroalcoleira), agravando o problema de sua destinação. A vinhaça é rica em nutrientes minerais e apresenta elevado teor de matéria orgânica, o que justifica sua intensa utilização na fertirrigação de áreas cultivadas com cana. Neste cenário, a biodigestão anaeróbia da vinhaça em reatores UASB (upflow anaerobic sludge blanket digestion) surge como uma alternativa de tratamento deste subproduto apresentando, ainda, um fator econômico: a produção de metano e seu aproveitamento. Este trabalho teve como objetivo avaliar a aplicabilidade do sistema de digestão anaeróbia da vinhaça em reatores UASB, bem como o aproveitamento do biogás para geração de energia elétrica e obtenção de créditos de carbono. A estimativa da linha de base foi feita com base no balanço de massa entre o carbono presente na vinhaça e o CO2 emitido pela degradação aeróbia deste efluente no ambiente. Verificou-se que as emissões de linha de base e da implantação do projeto serão as mesmas, sendo que a adicionalidade é a produção de energia elétrica, uma vez que o biogás é uma fonte renovável de energia. Desta forma, pôde-se concluir que o biogás produzido pela biodigestão anaeróbia apresenta potencial energético competitivo com outras fontes energéticas e que o aproveitamento energético do biogás da vinhaça apresentou adicionalidade. Porém, a comercialização de créditos de carbono não pode ser considerada um atrativo (pelo menos financeiro) na implantação deste tipo de projeto.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Semina: Ciências Agrárias adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.