Atividade antioxidante e estimativa do teor de melanoidinas em cafés torrados comerciais
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n4Sup1p1893Palavras-chave:
Coffea arábica, Coffea canephora, Fenóis totais, Índice de escurecimento, ABTS.Resumo
O café contém vários componentes bioativos, em destaque os antioxidantes, cujo consumo tem sido correlacionado a redução da incidência de doenças crônicas e degenerativas. Dentre aproximadamente 100 espécies conhecidas do gênero Coffea as mais importantes economicamente no mercado internacional são Coffea arabica (café arábica) e Coffea canephora (café conilon), usualmente encontradas como blends em produtos comerciais. O café arábica apresenta melhor qualidade sensorial. Os compostos aos quais é atribuída a atividade antioxidante (AA) das bebidas de café incluem a classe de fenóis (destaque para o 5-ACQ) e cafeína, que têm sido mais usualmente estudados, e melanoidinas, produzidas no processo de torra, para as quais dados na literatura são escassos. Diferentes métodos são utilizados para caracterizar a capacidade antioxidante de alimentos, mas não existe uma metodologia eficiente e universal de medida. Nesse trabalho, cafés torrados e moídos nacionais comercializados com diferentes denominações (37 amostras), foram analisados quanto a concentração de melanoidinas, por espectrofotometria, e atividade antioxidante pelo método ABTS e de fenólicos totais (Folin- Ciocalteau). Todos os produtos avaliados apresentaram expressiva atividade antioxidante, mas observaram-se diferenças na estimativa do teor de melanoidinas, indicando processos de torra diferenciados. Considerando-se as diferentes categorias, cafés tipo Gourmet se destacaram pelos menores valores de AA, demonstrando que além do grau de torra a espécie de café empregada influenciava a funcionalidade do produto.
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