Projective mapping: potencial ferramenta para avaliação sensorial de cafés para aplicação na indústria
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5p1557Palavras-chave:
Acidez, Amargor, Coffea arabica, Corpo, Qualidade.Resumo
A avaliação dos atributos sensoriais pode ser uma ferramenta importante para controlar e melhorar a qualidade de produtos alimentícios. Este trabalho teve como objetivo descrever sensorialmente amostras de café torrado e moído da espécie arábica de diferentes marcas brasileiras por teste descritivo avançado (projective mapping) e relacionar os dados obtidos com resultados físico-químicos. Foram analisados acidez titulável, pH, sólidos solúveis, cor, lipídeos, proteínas, compostos fenólicos, cafeína, trigonelina, ácido 5-cafeoilquínico e ácido caféico. Os resultados obtidos nas análises físico-químicas foram coerentes com os atributos relacionados aos cafés no projective mapping. Os cafés agrupados no projective mapping próximos ao atributo acidez foram os que apresentaram os maiores valores de ácido 5-cafeoilquínico. Os cafés associados ao sabor amargo/torrado e cor concentrada apresentaram cor mais escura na análise colorimétrica e características físico-químicas de torrefação escura. O café considerado bebida diluída foi o que apresentou menor valor de sólidos solúveis. Os resultados mostraram que o projective mapping é eficiente para análises sensoriais descritivas de café e que o público testado tem preferência por cafés tradicionais com torrefação escura.Downloads
Referências
Amyotte, B., Bowen, A. J., Banks, T., Rajcan, I., & Somers, D. J. (2017). Mapping the sensory perception of apple using descriptive sensory evaluation in a genome wide association study. Plos One, 12(2), 1-25. doi: 10.1371/journal.pone.0171710
Associação Brasileira da Indústria de Café (2004). Norma de qualidade recomendável e boas práticas de fabricação de cafés torrados em grão e cafés torrados e moídos. Recuperado de http://abic.com.br/src/uploads/2017/07/2.8.1-Norma-de-qualidade-PQC.pdf
Association of Official Analytical Chemists (2005). Official methods of analysis. (18nd ed.). Washington: Association of Official Analytical Chemists.
Belguidoum, K., Amira-Guebailia, H., Boulmokh, Y., & Houache, O. (2014). HPLC coupled to UV-Vis detection for quantitative determination of phenolic compounds and caffeine in different brands of coffee in the Algerian market. Journal of the Taiwan Institute of Chemical Engineers, 45(4), 1314-1320. doi: 10.1016/j.jtice.2014.03.014
Bligh, E. G., & Dyer, W. J. (1959). A rapid method of total lipid extraction and purification. Canadian Journal of Biochemistry and Physiology, 37(8), 911-917. doi: 10.1139/o59-099
Blumberg, S., Frank, O., & Hofmann, T. (2010). Quantitative studies on the influence of the bean roasting parameters and hot water percolation on the concentrations of bitter comdopounds in coffee brew. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 58(6), 3720-3728. doi: 10.1021/jf9044606
Campanha, F. G., Dias, R. C. E., & Benassi, M. T. (2010). Discriminação de espécie de café por caveol e cafestol: influência da torra e dos defeitos. Coffee Science, 5(1), 87–96. doi: 10.25186/cs.v5i1.265
Carvalho, V. D., Chagas, S. J. R., Chalfoun, S. M., Botrel, N., & Juste, E. S. G. Jr. (1994). Relação entre a composição físico-química e química do grão beneficiado e a qualidade de bebida do café. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 29(3), 449-454.
Conti, M. C. M. D., Kitzberger, C. S. G., Scholz, M. B. S., & Prudencio, S. H. (2013). Características físicas e químicas de cafés torrados e moídos exóticos e convencionais. Boletim Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, 31(1), 161-172. doi: 10.5380/cep.v31i1.32720
Dias, R. C. E., Faria-Machado, A. F., Mercadante, A. Z., Bragagnolo, N., & Benassi, M. T. (2014). Roasting process affects the profile of diterpenes in coffee. European Food Research and Technology, 239(6), 961-970. doi: 10.1007/s00217-014-2293-x
Horita, C. N., Esmerino, E. A., Vidal, V. A. S., Farah, J. S., Amaral, G. V., Bolini, H. M. A., Cruz, A. G., Pollonio, M. A. R. (2017).Sensory profiling of low sodium frankfurter containing garlic products: adequacy of polarized projective mapping compared with trained panel. Meat Science, 131, 90-98. doi: 10.1016/j.meatsci.2017.05.002
Instituto Adolfo Lutz (2004). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4a ed. Brasília: Ministério da Saúde.
International Coffee Organization (2019). World coffee production. Retrieved from http://www.ico.org/pt/ trade_ statisticsp.asp
Kitzberger, C. S., Scholz, M. B. S., Pereira, L. F. P., & Benassi, M. T. (2013). Composição química de cafés arábica de cultivares tradicionais e modernas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 48(11), 1498-1506. doi: 10.1590/S0100-204X2013001100011
Lima, T., Fº., Lucia, S. M. D., Saraiva, S. H., & Lima, R. M. (2015). Características físico-químicas de bebidas de café tipo expresso preparadas a partir de blends de café arábica e conilon. Revista Ceres, 62(4), 333-339. doi: 10.1590/0034-737X201562040001
MacFie, H. J., Bratchell, N., Greenhoff, K., & Vallis, L. (1989). Designs to balance the effect of order of presentation and first-order carry-over effects in hall tests. Journal of Sensory Studies, 4(2), 129-148. doi: 10.1111/j.1745-459X.1989.tb00463.x
Martinez, H. E. P., Poltronieri, Y., Farah, A., & Perrone, D. (2013). Zinc supplementation, production and quality of coffee beans. Revista Ceres, 60(2), 293-299. doi: 10.1590/S0034-737X2013000200020
Monteiro, M. C., & Trugo, L. C. (2005). Determinação de compostos bioativos em amostras comerciais de café torrado. Química Nova, 28(4), 637-641. doi: 10.1590/S0100-40422005000400016
Morais, S. A. L., Aquino, F. J. T., Nascimento, P. M., Nascimento, E. F., & Chang, R. (2009). Compostos bioativos e atividade antioxidante do café conilon submetido a diferentes graus de torra. Química Nova, 32(2), 327-331. doi: 10.1590/S0100-40422009000200011
Perrone, A., Donangelo, C. M., & Farah, A. (2008). Fast simultaneous analysis of caffeine, trigonelline, nicotinic acid and sucrose in coffee by liquid chromatography mass spectrometry. Food Chemistry, 110(4), 1030-1035. doi: 10.1016/j.foodchem.2008.03.012
Ribeiro, J. S., Ferreira, M. M. C., & Salva, T. J. G. (2011). Chemometric models for the quantitative descriptive sensory analysis of arabica coffee beverages using near infrared spectroscopy. Talanta, 83(5), 1352-1358. doi: 10.1016/j.talanta.2010.11.001
Shan, J., Suzuki, T., Suhandy, D., Ogawa, Y., & Kondo, N. (2014). Chlorogenic acid (CGA) determination in roasted coffee beans by Near Infrared (NIR) spectroscopy. Engineering in Agriculture, Environment and Food, 7(4), 139-142. doi: 10.1016/j.eaef.2014.08.003
Teixeira, O. R., Passos, F. R., & Mendes, F. Q. (2016). Qualidade físico-química e microscópica de 14 marcas comerciais de café torrado e moído. Coffee Science, 11(3), 395-402. doi: 10.25186/cs.v11i3.1111
Toschi, T. G., Cardenia, V., Bonaga, G., Mandrioli, M., & Rodriguez-Estrada, M. T. (2014). Coffee Silverskin: characterization, possible uses, and safety aspects. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 62(44), 10836-10844. doi: 10.1021/jf503200z
Vicente, E., Ares, G., Rodríguez, G., Varela, P., Bologna, F., & Lado, J. (2017). Selection of promising sweet potato clones using projective mapping. Journal of the Science of Food and Agriculture, 97(1), 158-164. doi: 10.1002/jsfa.7704
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semina: Ciências Agrárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Semina: Ciências Agrárias adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.