Produção e qualidade nutricional da forragem em diferentes fases de desenvolvimento da aveia preta
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n2p647Palavras-chave:
Avena strigosa, Degradabilidade da matéria seca, Estádio de colheita, Forragem hibernal.Resumo
O presente trabalho objetivou avaliar as características agronômicas produtivas e qualitativa da forragem da aveia preta (Avena strigosa) colhida em diferentes momentos de desenvolvimento para produção de pré-secado. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, num fatorial 2 x 3, composto por seis tratamentos, sendo dois estádios de desenvolvimento da cultura vegetativo e pleno vegetativo associado a três épocas de colheita, com quatro repetições: T1 - estádio vegetativo, primeiro corte, quando a interceptação luminosa atingiu valores entre 90 e 95 %; T2 - estádio vegetativo com colheita sete dias após primeiro corte; T3 - estádio vegetativo com colheita quatorze dias após primeiro corte; T4 - estádio pleno vegetativo, segundo corte, quando novamente a interceptação luminosa atingiu valores entre 90 e 95 %; T5 - estádio pleno vegetativo com colheita sete dias após segundo corte; e T6 - estádio pleno vegetativo com colheita quatorze dias após segundo corte. O primeiro corte no estádio vegetativo da aveia preta gerou maior produção de biomassa seca com 2,478 kg ha-1 e maior participação de folhas verdes em relação ao segundo corte em estádio pleno vegetativo, assim como a degradabilidade in situ das folhas verdes e do colmo foi maior no primeiro corte. O atraso de 7 ou 14 dias a partir do momento ideal da colheita da forragem de aveia preta reduziu a qualidade nutricional. O primeiro corte no estádio vegetativo resultou em maior produção de biomassa seca, maior participação de folhas verdes na matéria seca e melhor degradabilidade das folhas verdes e caule comparado ao segundo corte em pleno estádio vegetativo.Downloads
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