Germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de Simira gardneriana M.R. Barbosa & Peixoto (Rubiaceae) em diferentes temperaturas e níveis de salinidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n3p1023

Palavras-chave:

Bioma Caatinga, condutividade elétrica, estresse salino, estresse térmico. Rubiaceae

Resumo

Simira gardneriana M.R. Barbosa & Peixoto (Rubiaceae), é uma espécie exclusiva do bioma Caatinga, utilizada como forrageira, e a madeira usada para lenha e estacas na construção de cercas. Espécies desse bioma são submetidas, constantemente, a estresses abióticos, entre eles o salino e o térmico. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito da salinidade da água de irrigação na germinação e no desenvolvimento inicial de plântulas de S. gardneriana em diferentes temperaturas. Nesse estudo foram utilizadas sementes com teor de água inicial em torno de 12,32% às quais foram arranjadas em esquema fatorial com oito níveis de salinidades, obtidos a partir da adição de cloreto de sódio (NaCl) e diluídos em água destilada nas concentrações de 0,0 (testemunha); 1,5; 2,5; 3,5; 4,5; 5,5; 6,5 e 7,5 dS m-1 e quatro temperaturas de 25, 30, 35 e 20-30 °C, em quatro repetições de 25 sementes cada. Os efeitos da salinidade e da temperatura foram avaliados por meio da germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento da parte aérea e da raiz, massa seca da parte aérea e da raiz e total de plântulas. O aumento dos níveis de salinidade da água interfere em todas as variáveis analisadas na germinação de sementes de S. gardneriana, principalmente sob a temperatura de 35 °C. Nas temperaturas de 25 e 30 °C a germinação e o desenvolvimento inicial das sementes são menos afetados pela salinidade. As sementes de S. gardneriana são sensíveis à salinidade causada pelo aumento do NaCl a partir de 1,5 dS m-1, o que indica baixa tolerância desta espécie em ambientes salinos. Os resultados obtidos neste trabalho mostram que o efeito negativo na germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de S. gardneriana pode ser explicado pelo aumento dos níveis salinos e temperatura, reduzindo o poder da planta em absorver água e nutrientes, o que indica respostas de sensibilidade dessa espécie a salinidade e ao estresse térmico.

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Biografia do Autor

Fabrícia Nascimento de Oliveira, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Profa, Departamento de Engenharia e Ciências Ambientais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Thiago Hadady da Silva Castro, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Engº Agrº, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Salvador Barros Torres, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Prof., Departamento de Ciências Agrárias, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Narjara Walessa Nogueira, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Profa, Departamento de Ciências Agrárias, UFERSA, Mossoró, RN, Brasil.

Rômulo Magno Oliveira de Freitas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano

Prof., Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, IFCE, Campus Crato, Crato, CE, Brasil.

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Publicado

2019-05-21

Como Citar

Oliveira, F. N. de, Castro, T. H. da S., Torres, S. B., Nogueira, N. W., & Freitas, R. M. O. de. (2019). Germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de Simira gardneriana M.R. Barbosa & Peixoto (Rubiaceae) em diferentes temperaturas e níveis de salinidade. Semina: Ciências Agrárias, 40(3), 1023–1032. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n3p1023

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