Diversidade genética e genes de virulência em amostras de Streptococcus uberis isolados de mastite bovina
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n4Supl1p2595Palavras-chave:
Doenças de bovinos, Estreptococos ambientais, Infecções intramamárias, PFGE, Virulência bacteriana.Resumo
A mastite é uma das doenças infecciosas mais onerosas em bovinos leiteiros em todos os continentes. Trata-se de uma doença de cunho multifatoral causada por diferentes microrganismos, incluindo vírus, leveduras, algas, parasitas e várias espécies de bactérias. Entre as bactérias, Streptococcus uberis destaca-se como um importante agente ambiental, responsável por uma grande variedade de infecções clínicas e subclínicas da glândula mamária, especialmente em sistemas de produção intensivos. Apesar da crescente importância de S. uberis na etiologia da mastite bovina, existem poucos estudos sobre a diversidade populacional e fatores de virulência deste patógeno em rebanhos leiteiros brasileiros.Os objetivos do presente estudo foram investigar as características de virulência e a epidemiologia molecular de S. uberis isolados de mastite bovina em rebanhos brasileiros, utilizando-se a PCR e a eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE). Para tal, 46 amostras de S. uberis isoladas de mastite bovina em 26 rebanhos leiteiros de uma mesma mesorregião brasileira foram avaliadas quanto à diversidade populacional por eletroforese em gel de campo pulsado (PFGE), utilizando-se a enzima Smal. Além disso, foi realizada PCR para detectar os genes de virulência pauA e skc, que codificam ativadores de plasminogênio, e do gene sua, que codifica uma proteína de adesão às celulas epiteliais da glândula mamária. Nossos resultados mostraram uma alta diversidade genética na população estudada, com vários padrões de PFGE, e uma elevada frequência dos genes de virulência pesquisados: sua (100%), pauA (91%) e skc (91%). A alta frequência dos genes skc, pauA e sua sugere a importância destes fatores de virulência para S. uberis na colonização da glândula mamária bovina. Estudos moleculares e genéticos sobre este agente podem contribuir muito para melhorar o conhecimento sobre a patogenia, permitindo identificar moléculas que tenham papel relevante no estabelecimento da infecção, fornecendo informações importantes para a adoção de medidas mais eficazes para a prevenção e o controle da mastite bovina.Downloads
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