Dinâmica temporal e manejo do míldio na uva de mesa ‘BRS Vitória’ no norte do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n1p19Palavras-chave:
Controle, Epidemiologia, Plasmopara viticola, Vitis vinifera.Resumo
O míldio da videira causado pelo fungo Plasmopara viticola é a principal doença da videira no Paraná e em outras regiões vitícolas do país. A cultivar de uva sem sementes BRS Vitória destaca-se pela tolerância a esta doença e constitui uma alternativa viável para a produção de uva de mesa com menor emprego de fungicidas. Os objetivos deste trabalho foram analisar a influência de fatores climáticos sobre o progresso da doença e avaliar a eficácia dos programas de pulverização de fungicidas para controlar o míldio da videira durante as safras normal e temporã no norte do Paraná, Brasil. Os ensaios de campo foram conduzidos em Marialva, Paraná, durante as safras normal (agosto a dezembro) em 2013 e 2014 e safra temporã (janeiro a maio) em 2014 e 2015. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com medidas repetidas ao longo dos períodos fenológicos, com cinco tratamentos e 10 repetições. Os seguintes tratamentos foram comparados: (1) convencional, em que os fungicidas foram aplicados de acordo com padrões convencionais; (2) pulverizações a cada sete dias; (3) pulverizações a cada 14 dias; (4) pulverizações de fungicidas após observar os primeiros sintomas do míldio; e (5) controle. No programa convencional, as pulverizações foram realizadas duas ou três vezes por semana. Os tratamentos 2 e 3 receberam pulverizações entre o início da brotação e a maturação do fruto. No tratamento 4, as pulverizações começaram a partir da primeira ocorrência de sintomas de manchas de óleo e, em seguida, as aplicações foram espaçadas a cada sete dias até a maturação dos frutos. A severidade da doença foi avaliada semanalmente. A doença ocorreu apenas nas safras de verão e outono de 2014 e 2015, atingindo uma severidade máxima de 17,3% e 21,3% da área foliar, respectivamente. A maior severidade da doença nas safras temporãs foi associada a frequências mais altas de dias chuvosos e temperaturas mais altas. A severidade da doença nos tratamentos convencionais não diferiu da severidade nos tratamentos com as pulverizações a cada sete e 14 dias durante as colheitas das safras temporãs de ambos os anos. Não foram observados índices de severidade em cachos para os ensaios avaliados. A uva sem sementes ‘BRS Vitória’ é menos dependente do uso de fungicidas para controlar o míldio no norte do Paraná.Downloads
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