Dinâmica temporal e manejo do míldio na uva de mesa ‘BRS Vitória’ no norte do Paraná

Autores

  • Carolina Bertuzzi Pereira Universidade Estadual de Maringá
  • Dauri José Tessmann Universidade Estadual de Maringá
  • Rosangela Getirana Santana Universidade Estadual de Maringá
  • Rodrigo Iván Contreras-Soto Universidad de O’Higgins, Rancagua, Chile e Centro de Estudios Avanzados en Fruticultura
  • Reginaldo Teodoro de Souza Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Rosemeire de Lellis Naves Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n1p19

Palavras-chave:

Controle, Epidemiologia, Plasmopara viticola, Vitis vinifera.

Resumo

O míldio da videira causado pelo fungo Plasmopara viticola é a principal doença da videira no Paraná e em outras regiões vitícolas do país. A cultivar de uva sem sementes BRS Vitória destaca-se pela tolerância a esta doença e constitui uma alternativa viável para a produção de uva de mesa com menor emprego de fungicidas. Os objetivos deste trabalho foram analisar a influência de fatores climáticos sobre o progresso da doença e avaliar a eficácia dos programas de pulverização de fungicidas para controlar o míldio da videira durante as safras normal e temporã no norte do Paraná, Brasil. Os ensaios de campo foram conduzidos em Marialva, Paraná, durante as safras normal (agosto a dezembro) em 2013 e 2014 e safra temporã (janeiro a maio) em 2014 e 2015. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com medidas repetidas ao longo dos períodos fenológicos, com cinco tratamentos e 10 repetições. Os seguintes tratamentos foram comparados: (1) convencional, em que os fungicidas foram aplicados de acordo com padrões convencionais; (2) pulverizações a cada sete dias; (3) pulverizações a cada 14 dias; (4) pulverizações de fungicidas após observar os primeiros sintomas do míldio; e (5) controle. No programa convencional, as pulverizações foram realizadas duas ou três vezes por semana. Os tratamentos 2 e 3 receberam pulverizações entre o início da brotação e a maturação do fruto. No tratamento 4, as pulverizações começaram a partir da primeira ocorrência de sintomas de manchas de óleo e, em seguida, as aplicações foram espaçadas a cada sete dias até a maturação dos frutos. A severidade da doença foi avaliada semanalmente. A doença ocorreu apenas nas safras de verão e outono de 2014 e 2015, atingindo uma severidade máxima de 17,3% e 21,3% da área foliar, respectivamente. A maior severidade da doença nas safras temporãs foi associada a frequências mais altas de dias chuvosos e temperaturas mais altas. A severidade da doença nos tratamentos convencionais não diferiu da severidade nos tratamentos com as pulverizações a cada sete e 14 dias durante as colheitas das safras temporãs de ambos os anos. Não foram observados índices de severidade em cachos para os ensaios avaliados. A uva sem sementes ‘BRS Vitória’ é menos dependente do uso de fungicidas para controlar o míldio no norte do Paraná.

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Biografia do Autor

Carolina Bertuzzi Pereira, Universidade Estadual de Maringá

Discente, Curso de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Proteção Vegetal, Universidade Estadual de Maringá, UEM, Maringá, PR, Brasil.

Dauri José Tessmann, Universidade Estadual de Maringá

Prof. Dr., Departamento de Ciências Agrárias, UEM, Maringá, PR, Brasil.

Rosangela Getirana Santana, Universidade Estadual de Maringá

Profa Dra, Departamento de Estatística, UEM, Maringá, PR, Brasil.

Rodrigo Iván Contreras-Soto, Universidad de O’Higgins, Rancagua, Chile e Centro de Estudios Avanzados en Fruticultura

Prof. Dr. e Pesquisador, Instituto de Ciências Agronômicas, Universidad de O’Higgins, UOH, Rancagua, Chile e Centro de Estudios Avanzados en Fruticultura, CEAF, Rengo, Chile.

Reginaldo Teodoro de Souza, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisador, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Uva e Vinho, Estação Experimental de Viticultura Tropical, Jales, SP, Brasil.

Rosemeire de Lellis Naves, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisadora, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Uva e Vinho, Estação Experimental de Viticultura Tropical, Jales, SP, Brasil.

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

Pereira, C. B., Tessmann, D. J., Santana, R. G., Contreras-Soto, R. I., Souza, R. T. de, & Naves, R. de L. (2018). Dinâmica temporal e manejo do míldio na uva de mesa ‘BRS Vitória’ no norte do Paraná. Semina: Ciências Agrárias, 39(1), 19–28. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n1p19

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