Digestibilidade in vitro e caracterização nutricional de grão seco de destilaria com solúveis segundo o sistema Cornell

Autores

  • Luiz Juliano Valério Geron Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Jocilaine Garcia Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Kallynka Samara Martins Coelho Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Sílvia Cristina de Aguiar Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Andreson de Moura Zanine Universidade Federal do Maranhão
  • Alexandre Lima de Souza Universidade Federal de Mato Grosso
  • Joilma Toniolo Honório de Carvalho Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Lucas Silva Roberto Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Eurico Lucas de Sousa Neto Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Daniele de Jesus Ferreira Universidade Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n4p2029

Palavras-chave:

Farelo de soja, Fermentação ruminal, Proteína degradável no rúmen, Ovinos.

Resumo

Foram avaliadas as frações da proteína e dos carboidratos de grãos secos de destilaria com solúveis (GSDS), grão de milho (GM), farelo de soja (FS), e silagem de milho (SM), e a digestibilidade in vitro (CDIV) do GSDS, GM, FS, SM e de rações contendo a inclusão de 0,0%; 8,0%; 16,0% e 24,0% de GSDS, bem como os parâmetros de fermentação in vitro após 24 horas de incubação. O GSDS foi obtido após processo de fermentação microbiana para a produção do etanol, de uma destilaria de flex de açúcar e álcool localizada no estado de Mato Grosso - Brasil. Para determinação das frações proteicas e de carboidratos dos alimentos experimentais foi utilizado Cornell Net Carbohydrate and Protein System – CNCPS. Para o ensaio de digestão in vitro dos nutrientes dos alimentos experimentais e das rações experimentais foram utilizados dois ovinos com peso corporal médio de 26 kg, como doadores de inóculo. O ensaio de digestibilidade in vitro dos alimentos e das rações foi conduzido com três repetições de campo. A fração A da PB do GSDS apresentou valores 88%, 71% e 37% menores em relação a fração A do FS, GM e SM, respectivamente. A fração B2 da proteína do GSDS apresentou um teor de 21% da PB, o que representa 78,84% da proteína do GSDS na fração B2, valor superior ao do FS, que foi de 70,44%. A fração B3 da PB, a qual parte escapa da fermentação ruminal foi 18% menor para o FS em relação ao GSDS, expresso em % da PB. Para o fracionamento de carboidratos, o GSDS apresentou um valor para a fração A+ B1 de 8,64% na MS resultado inferior em 62%; 86% e 74% aos obtidos para o FS, GM e SM. O GSDS apresentou teores de hemicelulose e celulose superior ao FS, como verificado na fração B2, com valor de 46,92 % expresso na MS. Os coeficientes de digestibilidade in vitro (CDIV) dos nutrientes do GSDS não diferiu (p > 0,05) em relação aos demais alimentos experimentais. A inclusão do GSDS em rações formuladas para ovinos não alterou (p > 0,05) o CDIV da MS; MO; PB; FDN e FDA, com valores médios de 70,93%; 70,64%; 59,58%; 52,83% e 43,40%, respectivamente. Desta maneira, conclui-se que o grão seco de destilaria com solúveis apresenta-se como alimento proteico com mais de 70% da PB na fração B2 e possui levada quantidade de carboidratos ligados à parede celular. Além disso, o grão seco de destilaria com solúveis apresenta um coeficiente de digestibilidade semelhante ao do grão de milho e ao farelo de soja, contudo, este pode ser incluído em até 24% nas formulações de rações para ruminantes sem alterar o coeficiente de digestibilidade in vitro dos nutrientes.

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Biografia do Autor

Luiz Juliano Valério Geron, Universidade do Estado de Mato Grosso

Prof., Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT, Brasil.

Jocilaine Garcia, Universidade do Estado de Mato Grosso

Profa, Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT, Brasil.

Kallynka Samara Martins Coelho, Universidade do Estado de Mato Grosso

Discente, UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT, Brasil.

Sílvia Cristina de Aguiar, Universidade do Estado de Mato Grosso

Profa, Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT, Brasil.

Andreson de Moura Zanine, Universidade Federal do Maranhão

Prof., Universidade Federal do Maranhão, UFMA, Chapadinha, MA, Brasil.

Alexandre Lima de Souza, Universidade Federal de Mato Grosso

Prof., Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT, Cuiabá, MT, Brasil.

Joilma Toniolo Honório de Carvalho, Universidade do Estado de Mato Grosso

Discente, UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT, Brasil.

Lucas Silva Roberto, Universidade do Estado de Mato Grosso

Discente, UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT, Brasil.

Eurico Lucas de Sousa Neto, Universidade do Estado de Mato Grosso

Prof., Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, Pontes e Lacerda, MT, Brasil.

Daniele de Jesus Ferreira, Universidade Federal do Maranhão

Profa, Universidade Federal do Maranhão, UFMA, Chapadinha, MA, Brasil.

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Publicado

2017-08-04

Como Citar

Geron, L. J. V., Garcia, J., Coelho, K. S. M., Aguiar, S. C. de, Zanine, A. de M., Souza, A. L. de, … Ferreira, D. de J. (2017). Digestibilidade in vitro e caracterização nutricional de grão seco de destilaria com solúveis segundo o sistema Cornell. Semina: Ciências Agrárias, 38(4), 2029–2040. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n4p2029

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