O impacto da contaminação bacteriana do ejaculado e do diluente na qualidade das doses inseminantes de suínos

Autores

  • Ana Maria Groehs Goldberg Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Marisa Cardoso Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Mari Lourdes Bernardi Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Ivo Wentz Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Fernando Pandolfo Bortolozzo Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n5p3095

Palavras-chave:

Macho suíno, Coliformes, Contaminação do ejaculado, Mesófilos totais.

Resumo

O objetivo desse estudo foi verificar a influência do grau de contaminação bacteriana do ejaculado do macho suíno e do diluente na qualidade das doses inseminantes. O estudo foi conduzido em quatro centrais de inseminação, onde foram colhidas amostras de sêmen fresco e duas doses inseminantes produzidas a partir de cada uma das referidas amostras de sêmen. As amostras foram avaliadas quanto ao número de Unidades Formadoras de Colônia (UFC) de bactérias mesófilas totais e coliformes, pH, morfologia espermática e motilidade. As amostras de diluente também foram avaliadas quanto ao número de bactérias mesófilas. Ejaculados que apresentaram grau mais elevado de contaminação bacteriana ( > 220 UFC mL-1) resultaram em doses inseminantes com maior nível de contaminação bacteriana, porém não houve redução de motilidade ou alteração de pH. Quando as doses inseminantes foram classificadas de acordo com a contaminação do diluente, um decréscimo na motilidade foi observado após 108 e 168 horas de armazenamento (P < 0,05) no grupo em que o diluente apresentava ? 14.000 UFC mL-1 se comparado com o observado no grupo cujo diluente apresentava ? 330 UFC mL-1. O pH permaneceu estável durante as 168 h de armazenamento em doses inseminantes que apresentavam diluentes com menor nível de contaminação, mas diminuiu de 7,2 para 6,0 entre 24 e 168 h de armazenamento (P < 0,05), no grupo com diluente que apresentava o maior nível de contaminação. Um número maior de acrossomas anormais (P < 0,05) foi observado após 168 h de armazenamento em doses inseminantes cujo diluente era altamente contaminado. A produção de doses inseminantes com baixa contaminação bacteriana e alta viabilidade de células espermáticas só é possível com um estrito controle de higiene durante o processamento do sêmen, principalmente no que se refere ao diluente, combinado com uma contaminação mínima durante a coleta do sêmen.

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Biografia do Autor

Ana Maria Groehs Goldberg, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

M.e em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRG, Porto Alegre, RS, Brasil.

Marisa Cardoso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Profa, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Faculdade de Veterinária, UFRG, Porto Alegre, RS, Brasil.

Mari Lourdes Bernardi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Profª, Departamento de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRG, Porto Alegre, RS, Brasil.

Ivo Wentz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof., Setor de Suínos, Faculdade de Veterinária, UFRG, Porto Alegre, RS, Brasil.

Fernando Pandolfo Bortolozzo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof., Setor de Suínos, Faculdade de Veterinária, UFRG, Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

2017-10-03

Como Citar

Goldberg, A. M. G., Cardoso, M., Bernardi, M. L., Wentz, I., & Bortolozzo, F. P. (2017). O impacto da contaminação bacteriana do ejaculado e do diluente na qualidade das doses inseminantes de suínos. Semina: Ciências Agrárias, 38(5), 3095–3104. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n5p3095

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