Soroepidemiologia da toxoplasmose, leptospirose e brucelose em acadêmicos de medicina veterinária e sua relação com a saúde única
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n3p1347Palavras-chave:
Anticorpos, Brucella spp, Doença ocupacional, Leptospira spp, Toxoplasma gondii, Zoonose.Resumo
A toxoplasmose, leptospirose e a brucelose são zoonoses de ampla distribuição mundial, tendo o homem como participante acidental da sua cadeia epidemiológica, entretanto, podem se apresentar como doenças ocupacionais, em diferentes categorias profissionais, despertando grande preocupação, por estarem constantemente expostos ao risco de contato e contagio com essas zoonoses. Estas três enfermidades possuem características epidemiológicas distintas, como reflexo das diferenças ambientais, sociais, culturais e econômicas encontradas em cada localidade. Considerando a importâncias destas três enfermidades e sua relação com o aspecto ocupacional o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento soroepidemiológico para toxoplasmose, leptospirose e brucelose e identificar variáveis ocupacionais e ambientais relacionadas a estas três enfermidades em acadêmicos do curso de medicina veterinária de uma universidade da região noroeste do estado do Paraná, Brasil. No período de maio a novembro de 2014, foram coletadas amostras de sangue de forma voluntária de 157 acadêmicos do curso de Medicina Veterinária (1°, 2°, 3°, 4° e 5° ano). A coleta de sangue foi realizada por profissionais habilitados da área de enfermagem e da biomedicina da respectiva universidade. No momento da coleta de sangue, os acadêmicos não apresentavam manifestação de qualquer sinal clínico das enfermidades deste estudo. Para detectar anticorpos anti-Toxoplasma gondii, anti-Leptospira spp. e anti-Brucella foram realizadas as técnicas de imunofluorescência indireta (RIFI), aglutinação microscópica (SAM), aglutinação rápida (triagem) e ensaio imunoenzimático (ELISA) respectivamente e para a detecção de variáveis associadas às infecções, os acadêmicos foram entrevistados, respondendo a um questionário epidemiológico com informações ambientais, comportamentais e ocupacionais relacionadas às enfermidades, sendo a associação verificada pelos testes de qui-quadrado ou exato de Fischer, adotando-se um nível de significância (?) de 5%. Das 157 amostras de soro analisadas 29,29% foram reagentes para toxoplasmose com títulos variando de 16 a 4096 na IFI, 1,27% para leptospirose com títulos de 100 e 800 na SAM com os sorovares Hardjo e Wolffi e 0,63% para brucelose no ELISA, entretanto não houve variáveis associadas a nenhuma infecção. Os resultados deste trabalho demostram que 1/3 dos acadêmicos do curso de medicina veterinária foram expostos ao Toxoplasma gondii, Leptospira spp. e Brucella spp. em algum momento de suas vidas, entretanto não podemos afirmar se esta infecção foi adquirida nas dependências da universidade já que não foi possível associar as variáveis de risco com as respectivas infecções. A conscientização desta população quanto às particularidades de cada agente etiológico e suas medidas de prevenção são fundamentais para manter as baixas taxas de prevalências das respectivas enfermidades zoonóticas durante o decorrer do curso de graduação e também quando da realização de estágios extra-curriculares, momento este de maior exposição aos diferentes agentes etiológicos.Downloads
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