Efeito do método de criopreservação utilizado, estágio de desenvolvimento embrionário e uso de isômeros do ácido linoleico conjugado na criotolerância de embriões bovinos produzidos in vitro
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6Supl2p4297Palavras-chave:
Congelação, Lipídeo, Expressão de mRNA, Vitrificação.Resumo
Existem evidências de que o ácido linoleico conjugado (CLA) pode aumentar a criotolerância de embriões produzidos in vitro (PIV). O efeito de dois isômeros do CLA na criotolerância de embriões bovinos PIV, assim como o estágio de desenvolvimento e o efeito do método de criopreservação, foi avaliado através de três experimentos. No Experimento 1, oócitos (n = 3.917) foram fecundados in vitro e embriões foram cultivados com 0, 50, 100 ou 200 ?M de trans-10, cis-12 (t10, c12 CLA). No Experimento 2, oócitos fecundados (n = 2.131) foram cultivados com 100 ?M de t10, c12 ou cis-9, trans-11 (c9, t11 CLA), ou ainda com uma associação de ambos. Os embriões foram vitrificados nos estágios de blastocisto (BL) ou blastocisto expandido (BE). No Experimento 3, oócitos (n = 1.720) foram fecundados e cultivados com ou sem 100 ?M de t10, c12 CLA e os blastocistos foram vitrificados ou congelados. As taxas de desenvolvimento dos blastocistos, bem como de re-expansão e eclosão após o reaquecimento foram observadas. Adicionalmente, o número médio de células e a expressão de mRNA das enzimas acetil-CoA carboxilase (ACC1) e estearoil-CoA dessaturase (SCD1) e do complexo enzimático ácido graxo sintase (FASN) foram avaliados. No Experimento 1, a maior concentração de t10, c12 CLA que não reduziu a taxa de blastocisto foi 100 ?M. No Experimento 2, as taxas de re-expansão e eclosão obtidas entre EB obtidos por PIV após suplementação com t10, c12 CLA (73,1 e 57,7%), com c9, t11 CLA (80,0 e 68,6%), com a associação de ambos (78,3 e 52,2%) e com o grupo Controle (85,4 e 58,3%) foram similares. As taxas de re-expansão e eclosão foram mais baixas no estágio de BL do que no estágio de BE, e a associação dos isômeros apresentou taxa de eclosão (8,0%) mais baixa do que a do grupo controle (40,0%). No Experimento 3, as taxas de eclosão obtidas com os grupos BE vitrificado (controle vitrificado; 67,4%) e BE CLA vitrificado (65,8%) foram mais altas do que as obtidas com BE congelados, expostos (13.3%) ou não (28.6%) ao CLA. Também no Experimento 3, as taxas de eclosão foram mais altas com embriões em estágio de BE nos grupos vitrificados, enquanto nos grupos congelados as taxas de BL e BE foram similares, provando que a vitrificação foi mais eficiente do que o congelamento para embriões bovinos PIV. No Experimento 3, também foi observado que o CLA não influenciou o número de células dos embriões ou a expressão de mRNA das enzimas ACC1 e SCD1, mas reduziu a expressão de mRNA do complexo enzimático FASN. Em conclusão, 100 ?M CLA não afetou o desenvolvimento embrionário subsequente. Entretanto, os isômeros do CLA não melhoraram a criotolerância de embriões bovinos PIV.
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