Microbiota proteolítica e lipolítica de leite cru refrigerado da região nordeste e sul do Brasil

Autores

  • Jose Carlos Ribeiro Junior Universidade Estadual de Londrina
  • Joyce Bitencourt Atayde Lima Instituto Federal do Maranhão
  • Kleydejany Lima de Lemos Instituto Federal do Maranhão
  • Livia Cavaletti Corrêa da Silva Laboratório Nacional Agropecuário
  • Ronaldo Tamanini Universidade Estadual de Londrina
  • Vanerli Beloti Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6Supl2p4289

Palavras-chave:

Deteriorantes, Lipólise, Proteólise, Vida útil.

Resumo

A vida útil do leite e de seus derivados está diretamente relacionada à qualidade microbiológica do leite cru refrigerado. Os micro-organismos deteriorantes proteolíticos e/ou lipolíticos são os principais responsáveis pela diminuição da qualidade tecnológica do leite, repercutindo na vida útil do leite pasteurizado, UHT e todos os derivados. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi determinar a carga microbiana deteriorante do leite cru refrigerado das regiões nordeste e sul do Brasil, que apresentam diferentes condições climáticas e tecnológicas de produção. Foram avaliadas 46 amostras de leite do estado do Paraná, região sul, e 10 amostras do Maranhão, região nordeste, totalizando 56 amostras coletadas no período de novembro de 2013 a novembro de 2014. Os produtores paranaenses foram divididos entre grandes (20) ou pequenos (26) de acordo com a produção diária média. Todos os produtores do estado do Maranhão foram considerados pequenos (< 500L/dia). Foi realizada a contagem de micro-organismos proteolíticos e lipolíticos em ágar leite e ágar tributirina, respectivamente. O leite oriundo dos grandes produtores do estado do Paraná apresentou contagens médias de 1,4 x 104 UFC/mL para proteolíticos e 1,2 x 103 UFC/mL para lipolíticos, significativamente (p<0,05) mais baixas em relação pequenos produtores do mesmo estado, e também menores que as contagens dos produtores maranhenses. Os produtores do estado do Maranhão apresentaram contagens de 1,1 x 105 UFC/mL para proteolíticos e 2 x 105 UFC/mL para lipolíticos, com contagem de proteolíticos significativamente inferior à apresentada por pequenos produtores do Paraná. As contagens de micro-organismos deteriorantes proteolíticos e lipolíticos no leite são influenciadas pela adaptação desses micro-organismos ao frio, promovido pela refrigeração do leite, menos frequente na região nordeste do país, bem como pela implantação de práticas de higiene de ordenha, que diminuem a contaminação por estes e outros micro-organismos. Tais práticas são mais frequentes e eficientes entre os grandes produtores que apresentam maior tecnificação na produção, melhorando a qualidade microbiológica do leite cru e, consequentemente, a vida útil do leite pasteurizado, reduzindo problemas tecnológicos no leite UHT e derivados lácteos. 

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Biografia do Autor

Jose Carlos Ribeiro Junior, Universidade Estadual de Londrina

Discente de Doutorado em Ciência Animal, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil. 

Joyce Bitencourt Atayde Lima, Instituto Federal do Maranhão

Profa, Instituto Federal do Maranhão, IFMA, Maranhão, Brasil. 

Kleydejany Lima de Lemos, Instituto Federal do Maranhão

Profa, Instituto Federal do Maranhão, IFMA, Maranhão, Brasil. 

Livia Cavaletti Corrêa da Silva, Laboratório Nacional Agropecuário

Drª em Ciência Animal, Fiscal Federal Agropecuário, Laboratório Nacional Agropecuário, LANAGRO, Campinas, SP, Brasil. 

Ronaldo Tamanini, Universidade Estadual de Londrina

Dr. em Ciência Animal, Deptº de Medicina Veterinária Preventiva, DMVP, UEL, Londrina, PR, Brasil. 

Vanerli Beloti, Universidade Estadual de Londrina

Profª Drª, Deptºde Medicina Veterinária Preventiva, DMVP, UEL, Londrina, PR, Brasil. 

 

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Publicado

2015-12-16

Como Citar

Ribeiro Junior, J. C., Lima, J. B. A., Lemos, K. L. de, Silva, L. C. C. da, Tamanini, R., & Beloti, V. (2015). Microbiota proteolítica e lipolítica de leite cru refrigerado da região nordeste e sul do Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 36(6Supl2), 4289–4296. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6Supl2p4289

Edição

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