Caracterização clínica, patológica e imuno-histoquímica da toxoplasmose em cães com cinomose no semiárido da Paraíba, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6Supl2p4251Palavras-chave:
Cão, Cinomose, Toxoplasmose, Imuno-histoquímica.Resumo
Objetivou-se com este trabalho descrever as características clínicas, patológicas e imuno-histoquímica de cinco casos de toxoplasmose associados à cinomose em cães no semiárido da Paraíba. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo durante o período de janeiro de 2000 a dezembro de 2012, sendo identificados e selecionados os casos de cães com cinomose. Destes, foram avaliados os que apresentavam concomitantemente estruturas características de protozoários e realizada a imuno-histoquímica (IHQ) com anticorpo policlonal anti-Toxoplasma gondii. Em todos os casos os sinais clínicos foram semelhantes e sugestivos de infecção pelo vírus da cinomose canina, variando de alterações digestivas, respiratórias, neurológicas e lesões oculares. O diagnóstico de cinomose foi confirmado na histopatologia através da presença de corpúsculos de inclusões virais eosinofílicos intranucleares e intracitoplasmáticos em diferentes tecidos. O exame histopatológico revelou ainda a presença dos cistos parasitários característicos de T. gondii no encéfalo em quatro casos e no pulmão em um caso. No encéfalo os cistos estavam associados a áreas multifocais de malacia e no pulmão havia espessamento dos septos alveolares por infiltrado de macrófagos, plasmócitos e linfócitos, com proliferação moderada de pneumócitos tipo II e áreas multifocais a coalescentes de necrose. Esses cistos caracterizaram-se por estruturas arredondadas fortemente basofílicas medindo aproximadamente de 5 a 70 ?m, delimitadas por uma fina parede pela hematoxilina e eosina e na IHQ foram fortemente imunomarcados em marrom para T. gondii. O diagnóstico de toxoplasmose associado à infecção pelo vírus da cinomose nos cinco casos estudados foi baseado nos achados microscópicos e confirmado através da imuno-histoquímica. A toxoplasmose deve ser incluída no diagnóstico diferencial de cães com sinais sistêmicos progressivos severos, principalmente quando há envolvimento respiratório e neurológico.
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