Efeito do mentol e eugenol sobre as respostas fisiológicas do pacu Piaractus mesopotamicus
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n4Suplp2799Palavras-chave:
Anestesia, Biometria, Estresse, Hematologia.Resumo
Foram avaliados o tempo de indução, o tempo de recuperação e as respostas fisiológicas de pacus Piaractus mesopotamicus submetidos a doses usuais de mentol e eugenol. Foram utilizados 56 indivíduos com peso total médio de 236,5 ± 96,01 g e comprimento total médio de 22,8 ± 3,43 cm, estes, expostos ao mentol 150 mg L-1 (n=24), ao eugenol 100 mg L-1 (n=24) e um grupo controle (n=8), não exposto a nenhum anestésico. Nos momentos 0, 12 e 24 h após indução, foram realizadas colheitas sanguíneas nos peixes de cada tratamento (n=8) para avaliação das variáveis hematológicas e glicose plasmática. Os resultados foram submetidos à análise de variância (P<0,05) e as médias quando significativas foram comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). Ambos os anestésicos em suas respectivas concentrações induziram os peixes à anestesia cirúrgica. Não houve diferença significativa para o tempo de indução, ao contrário do tempo de recuperação que foi significativamente menor (P<0,05) para o mentol 150 mg L-1. Não foi observado efeito dos tratamentos sobre os parâmetros hematológicos, com exceção dos valores de hemoglobina, os quais apresentaram efeito de interação entre os fatores, uma vez que os peixes anestesiados com mentol 150 mg L-1 apresentaram redução significativa (P<0,05) dos valores de hemoglobina 12 h após a indução, porém estes valores permaneceram inalterados 24 h após anestesia. Foi observado efeito de interação (P<0,01) entre os tratamentos e os tempos de amostragem para os níveis de glicose plasmática, que apresentaram redução significativa destes níveis 12 h após anestesia, e assim permaneceram 24 h após a indução anestésica. O mentol 150 mg L-1 e o eugenol 100 mg L-1 podem ser utilizados seguramente na indução anestésica de pacus durante a realização de biometrias.
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