Diversidade de aranhas de solo em cultivos de milho (Zea mays)

Autores

  • Lígia Vanessa da Silva Universidade de Cruz Alta
  • Ana Lúcia de Paula Ribeiro Universidade de Cruz Alta
  • Alessandro Dal'Col Lúcio Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n4Suplp2395

Palavras-chave:

Araneae, Pitfall, Milho transgênico, Milho convencional, Bacillus thurigiensis.

Resumo

Estudos sobre a diversidade e abundância de aranhas podem prover uma rica base de informações sobre o grau de integridade dos sistemas agrícolas em que se encontram. No milho transgênico as proteínas de Bacillus thuringiensis são expressas em grandes quantidades nos tecidos verdes das plantas, podendo afetar a comunidade de artrópodes. Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar a diversidade de aranhas associadas às cultivares de milho transgênico e convencional. Foram realizadas coletas com pitfall em talhões de milho Transgênico e Convencional durante todo o ciclo da cultura, em Cruz Alta, RS. Foram coletadas 559 aranhas, sendo 266 aranhas no milho transgênico e 293 aranhas no milho convencional. Foi determinado um total de 11 famílias e os indivíduos adultos distribuídos em 27 morfoespécies. As famílias com o maior número de representantes foram Linyphiidae (29,70%), Theridiidae (5,72%) e Lycosidae (5,01%). As morfoespécies mais abundantes foram Linyphiidae sp. 23 com 77 indivíduos, Erigone sp. com 40 indivíduos, Linyphiidae sp. 1 com 33 indivíduos, Theridiidae sp. 1 com 21 indivíduos, Lycosa erytrhognatha com 14 indivíduos e Lycosidae sp. 1 com 13 indivíduos. O índice de diversidade de Shannon foi maior para o milho transgênico (H’=1.01) em fevereiro e menor (H’=0.54) na coleta de dezembro no milho convencional o índice de riqueza de Margaleff demonstrou maior diversidade em dezembro e fevereiro para o milho Convencional (M=18,3), e menor diversidade para o milho Transgênico no mês de novembro (M=11,3). As famílias foram classificadas em guildas, duas guildas de tecelãs: Construtora de Teia Irregular e Construtoras de Teia em Lençol, e três guildas de caçadoras, Corredoras Noturnas de Solo, Caçadoras por Emboscada e as Corredoras Aéreas Noturnas. A proporção relativa das morfoespécies de aranhas encontradas neste trabalho, assim como as guildas sugere que este grupo pode não estar sendo afetado pelas proteínas do milho geneticamente modificado.

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Biografia do Autor

Lígia Vanessa da Silva, Universidade de Cruz Alta

Engª Agrª, Drª em Fitossanidade, UNICRUZ, Cruz Alta, RS.

Ana Lúcia de Paula Ribeiro, Universidade de Cruz Alta

Bióloga, Especialista em Gestão e Desenvolvimento Sustentável do Meio Rural, UNICRUZ, Cruz Alta, RS.

Alessandro Dal'Col Lúcio, Universidade Federal de Santa Maria

Eng° Agr°, Dr. em Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Santa Maria, RS.

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Publicado

2014-09-04

Como Citar

Silva, L. V. da, Ribeiro, A. L. de P., & Lúcio, A. D. (2014). Diversidade de aranhas de solo em cultivos de milho (Zea mays). Semina: Ciências Agrárias, 35(4Supl), 2395–2404. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n4Suplp2395

Edição

Seção

Artigos

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