Deficiência de cobre condicionada a altos teores de zinco, manganês e ferro na região do Médio Paraíba, RJ, Brasil

Autores

  • Ana Paula Lopes Marques Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Rita de Cássia Campbell Machado Botteon Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Estelle Barreto de Amorim Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Paulo de Tarso Landgraf Botteon Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n3p1293

Palavras-chave:

Minerais, Bovino, Nutrição, Antagonista.

Resumo

Descrevem-se as concentrações de microelementos minerais em amostras de solos, pastagens e soro de bovinos adultos e jovens em sete propriedades na região do Médio Paraíba, RJ, Brasil com histórico de baixo desempenho reprodutivo, emagrecimento acentuado de vacas após o parto, alotriofagia e alterações na coloração da pelagem. Os animais foram submetidos à avaliação clínica e os principais sinais evidenciados foram: condição geral de regular a ruim, anemia, rarefação e despigmentação da pelagem em animais adultos, coloração avermelhada dos pelos em animais de pelagem escura, além de pelos claros e ralos ao redor dos olhos. Os bezerros apresentavam aspecto geral ruim, baixo desenvolvimento e pelos ásperos, secos e/ou arrepiados. Outros sinais evidenciados foram hábito de comer terra, casca de árvores e roer ossos. Após entrevista com os proprietários e avaliação in loco dos rebanhos, obtevese amostras de solos, forragens e soro sanguíneo para a análise de macro e micronutrientes em dois períodos: Maio / Junho (final da estação das chuvas – outono na região) e outubro / novembro (final da estação seca – primavera na região). Os resultados dos solos (3,03±1,72 / 3,13±1,22 mg/dm3) e forragens (11,91±2,92 / 13,6±5,23 ppm) apontaram para teores de cobre, dentro da normalidade e altos, respectivamente na maioria dos pastos das propriedades o que contraria os sinais clínicos da deficiência evidenciada nos animais. Contudo no soro sanguíneo os teores de cobre estavam abaixo do normal (0,42±0,14 / 0,45±0,17 ppm) na maioria dos animais em ambos os momentos de avaliação em todas as propriedades. Porém foram encontrados valores excessivamente elevados de ferro, zinco e manganês em solos e pastagens que provavelmente estavam atuando como antagonistas da absorção do cobre e ocasionando sua deficiência condicionada.

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Biografia do Autor

Ana Paula Lopes Marques, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Discente de Doutorado em Medicina Veterinária, Patologia e Ciências Clínicas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ, Seropédica, RJ.

Rita de Cássia Campbell Machado Botteon, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Profa. Dra. do Deptº de Medicina e Cirurgia Veterinária, UFRRJ, Seropédica, RJ.

Estelle Barreto de Amorim, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Discente de Medicina Veterinária, UFRRJ, Seropédica, RJ.

Paulo de Tarso Landgraf Botteon, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Prof. Dr. do Deptº de Medicina e Cirurgia Veterinária, UFRRJ, Seropédica, RJ.

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Publicado

2013-06-24

Como Citar

Marques, A. P. L., Botteon, R. de C. C. M., Amorim, E. B. de, & Botteon, P. de T. L. (2013). Deficiência de cobre condicionada a altos teores de zinco, manganês e ferro na região do Médio Paraíba, RJ, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 34(3), 1293–1300. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n3p1293

Edição

Seção

Relatos de Casos

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