Formalismo e Design Gráfico: Uma análise crítica do modelo teórico de Michael Twyman acerca da linguagem gráfica

Estêvão Lucas Eler Chromiec; Marcos Namba Beccari

doi:10.5433/2236-2207.2023.v14.n1.44385

Autores

Estêvão Lucas Eler Chromiec Universidade Federal do Paraná - UFPR https://orcid.org/0000-0002-2140-4528
Marcos Namba Beccari Universidade Federal do Paraná - UFPR https://orcid.org/0000-0002-2178-097X

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-2207.2023.v14.n1.44385

Palavras-chave:

Formalismo, Análise Crítica, Michael Twyman, Design Gráfico

Resumo

Este artigo colabora com as reflexões a cerca do tema Design: educação, cultura e sociedade, e aborda em específico a educação no design gráfico, apresentando uma análise crítica de características formalistas identificadas no artigo A schema for the study of graphic language, de Michael Twyman (1979). Para tanto, contextualizamos o que está em jogo no formalismo; descrevemos o método de análise e apresentamos, com base no livro As palavras e as coisas de Michael Foucault, os resultados aproximando o autor a uma tradição formalista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Estêvão Lucas Eler Chromiec, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Doutorando no Programa de Pós Graduação em Design da Universidade Federal do Paraná (2021), Mestre em Design de Sistemas de Informação pela mesma instituição, ambos sob a orientação de Marcos N. Beccari. Graduado em Desenho Industrial - Programação Visual pela escola de Arquitetura e Design da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2010). Participa como estudante do grupo de pesquisa 'Teoria, História e Crítica do Design e Atividades Projetuais' registrado no Cnpq, e do grupo de pesquisa 'Estudos Discursivos em Arte e Design UFPR' (NEDAD), ambos vinculados ao PPGDesgin UFPR. Interessa-se por desenho, pintura, ilustração, cinema e desenvolvimento visual para publicidade e entretenimento. Pesquisa abordagens críticas nos campos das Artes visuais e do Design Gráfico.

Marcos Namba Beccari, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Doutor em Educação na Universidade de São Paulo (USP). Bacharel em Design Gráfico e Mestre em Design, ambos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professor Adjunto do Setor de Artes, Comunicação e Design da UFPR, lecionando desde 2014 no curso de Bacharelado em Design Gráfico, onde também atua como membro do Colegiado de Curso e do Núcleo Docente Estruturante. Professor permanente do PPGDesign/UFPR (linha de pesquisa: Teoria e História do Design), onde atua como membro do Colegiado de Curso (desde 2016) e como Coordenador (desde setembro de 2020). Líder do Grupo de Estudos Discursivos em Arte e Design da UFPR (desde 2018); vice-líder do Grupo de Pesquisa em Teoria, História e Crítica do Design e Atividades Projetuais (CNPq, desde 2020), um dos coordenadores da revista/podcast Não Obstante (desde 2013); e colunista da revista abcDesign (desde 2013). Além de produzir artigos regularmente nas áreas de artes, filosofia e design, publicou e organizou mais de uma dezena de livros, dentre os quais se destacam: Das coisas ao redor: discurso e visualidade a partir de Foucault (Edições 70, 2020), Sobre-posições: ensaios sobre a insinuação pictórica (Áspide, 2019) e Articulações Simbólicas: uma nova filosofia do design (2ab, 2016). Influenciado principalmente por Nietzsche, Foucault e Paul B. Preciado, dedica-se ao ensino e à pesquisa em políticas de visualidade, estudos do discurso e estudos crítico-filosóficos em design.

Referências

BARROS, José D’Assunção. Alois Riegl e a visibilidade pura: revisando a obra do historiador da arte de fins do século XIX. Cultura Visual, n.18, p. 61 – 72, dez, 2012.

BECCARI, Marcos Namba. Desconstrução e design gráfico: a redesconstrução visual da cultura, p. 3214-3226. In: Anais do 13º Congresso Pesquisa e Desenvolvimento em Design (2018). São Paulo: Blucher, 2019.

BOMENY, Maria Helena Werneck. O Panorama do design gráfico contemporâneo: a construção, a desconstrução e a nova ordem, Tese de Doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, São Paulo, 2009.

CAMARGO, Iara Pierro. O departamento de design gráfico da Cranbrook Academy of Art (1971 – 1995): novos caminhos para o design. Dissertação de mestrado, São Paulo: FAUUSP, 2011.

CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

CHROMIEC, Estêvão Lucas Eler. Formalismo e design gráfico: uma análise crítica sobre as teorias contemporâneas de percepção visual, sob o viés pós-estruturalista. Dissertação de Mestrado, Curitiba, Setor de Artes, Comunicação e Design da Universidade Federal do Paraná, 2020.

CHROMIEC, Estevão Lucas Eler. & BECCARI, Marcos N. Elaboração e validação de instrumento usado para identificar características formalistas em teorias de percepção visual no design gráfico. In: Anais do 9º Congresso Internacional de Design da Informação | CIDI 2019, Blucher Design Proceedings, v. 6, n. 4, 2019.

CRARY, Jonathan. Suspenções da percepção: atenção, espetáculo e cultura moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

FOUCAULT, Michael. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

FOUCAULT, Michael. A arqueologia do saber. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

LIMA, Ricardo Cunha. Otto Neurath e o legado do ISOTYPE. InfoDesign Revista Brasileira de Design da Informação, v. 5, n. 2, pp. 36-49, 2008.

LUPTON, Ellen; MILLER, Abbot. Design escrita pesquisa: a escrita no design gráfico. Porto Alegre: Bookman, 2011.

MACHADO, Roberto. Foucault a Filosofia e a Literatura, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 3ª ed., 2005.

PETERS, Michael. Pós-estruturalismo e filosofia da diferença. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2000.

PORTUGAL, Daniel Bittencourt. O realismo entre as tecnologias da imagem e os regimes de visualidade: fotografia, cinema e a “virada imagética” do Século XIX. Discursos Fotográficos, v. 7, n. 11, p. 33-54, jul./dez, 2011.

PORTUGAL, Daniel Bittencourt. Éticas do design: considerações preliminares sobre os valores da produção industrial em modos de pensamento iluministas e românticos. Revista Não Obstante, v. 1, n. 1, pp. 5-12, jan.-jul., 2017.

SANTOS, Marcelo Santos. Métafísica romântica (verniz ciêntífico): sobre a pertinência da Gestalt como teoria da comunicação visual. Revista Em Questão, v. 20, n. 1, p. 269-290, 2014. (http:// www.seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao).

STEINBERG, Leo. Outros Critérios: Confrontos com a arte do século XX. São Paulo: Cosac Naify, 2018.

TWYMAN, Michel. A Schema for the Study of Graphic Language (Tutorial Paper). In: Processing of visible language. Plenum Press, v. 1, pp. 117-170, 1979.