A tropicália de Rogério Duarte em "Caetano Veloso" e "Gilberto Gil" (1968)
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-2207.2018v9n1p69Palavras-chave:
Design e Cultura, Design Brasileiro, História Brasileira, TropicáliaResumo
Este artigo consiste na decodificação da visualidade tropicalista de Rogério Duarte em suas duas peças gráficas: a capa do álbum "Caetano Veloso" (1968) e "Gilberto Gil" (1968). Através da análise formal e simbólica dos impressos, as capas de disco serão descritas a partir de uma abordagem tríplice, na junção de sua dimensão formal, semântica e histórico-social. Trabalhando em questões relativas à resistência cultural no Brasil em uma época efervescente e polêmica de ditadura militar, se pretende refletir as questões referentes a tropicália e em como Rogério Duarte trabalhou com seus conceitos: a busca por uma identidade nacional, o esvaziamento cultural, a resistência e a experiência política junto às massas.Downloads
Referências
CERTEAU, Michel. A escrita da história. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
COELHO, Frederico. Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
COHN, C. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.2005; 60 p
CONY, Carlos Heitor. O ato e o Fato. São Paulo: Nova fronteira,1964
D’ARAÚJO, Maria Celina; SOARES, Gláucio. 21 anos de regime militar: balanços e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV, 1994.
DUARTE, Rogério. Notas sobre desenho industrial. Revista Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, n. 4, 1965.
DUNN, Christopher. Brutalidade jardim: a tropicália e o surgimento da contracultura brasileira. São Paulo: Unesp, 2009.
FARTHING, Steven. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2010.
FAVARETTO, Celso. Tropicália: alegoria, alegria. São Paulo: Kairós, 1979.
FERRARA, Lucrecia D ‘Alessio. Olhar periférico. São Paulo: Edusp, Fapesp, 1993.
HARVEY, David. A condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 2001.
HOLLANDA, Heloisa Buarque. Impressões de viagem: CPC, vanguarda e desbunde. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
IANNI, Octávio. A ideia do Brasil moderno. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.
MANIFESTO nacional pela democracia e o desenvolvimento. Correio da Manhã, Lisboa, 14 mar. 1965.
MARCUSE, Herbert. Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. 6. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1966.
MATTOS, Narlan (Org.). Tropicaos. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2003.
MELLO, Chico Homem. O design gráfico brasileiro: anos 60. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
MENDES, Ricardo Antonio Souza. Cultura e repressão nos tempos do AI-5. In: MUNTEAL FILHO; FREIXO, Adriano de; FREITAS, Jacqueline Ventapane. (Orgs.). Tempo negro, temperatura sufocante: estado e sociedade no Brasil do AI-5. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Editora Contraponto, 2005
MITCHELL, William John Thomas. O que as imagens realmente querem? In: ALLOA, Emmanuel. Pensar a imagem. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
MORAES, Dijon. Análise do design brasileiro: da mimese à mestiçagem. São Paulo: Blucher, 2006.
NAPOLITANO, Marcos. Coração civil: arte, resistência e lutas culturais durante o regime militar brasileiro (1964-1980). 2011. 374 f. Tese (Doutorado em História do Brasil Independente) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira: utopia e massificação (1950-1980). São Paulo: Contexto, 2001.
NAPOLITANO, Marcos. Seguindo a canção: engajamento político e indústria cultural na MPB (1959-1969). São Paulo, 2010.
NAPOLITANO, Marcos. Tropicalismo: as relíquias do Brasil em debate. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 18, n. 35, 1998. NAVES, Santuza Cambraia. Da bossa nova à tropicália. São Paulo: Zahar, 2001.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. Belo Horizonte: Brasiliense, 1988.
ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006.
RANCIÈRE, Jacques. As imagens querem realmente viver?. In: ALLOA, Emmanuel. Pensar a imagem. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
RODRIGUES, Jorge Caê. Anos fatais: design, música e tropicalismo. Rio de Janeiro: 2AB, 2007.
SANTOS, Nelyane; VIVAS, Rodrigo. Questionamentos sobre as relações de condicionalidade entre proposições artísticas e o contexto político do Brasil na década de 1960 nas obras dos Salões Municipais de Belas Artes da Prefeitura de Belo Horizonte. In: SEMINÁRIO 1964-2014: UM OLHAR CRÍTICO, PARA NÃO ESQUECER UFMG, 2014, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, 2014.
TEIXEIRA, Narlan Matos. Inventário do caos: Rogério Duarte, tropicália e pós- modernidade. 2012. 260 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - University of Illinois at Urbana-Champaign, Urbana, 2012.
TORQUATO NETO. Verbo desencantado. Jornal O Dia, Teresina, 18 jun. 1972. Domincultura.
VELOSO, Caetano. Verdade tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
VENTURA, Zuenir. 1968: o ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
VILLAS-BOAS, André. O que é (e o que nunca foi) design gráfico. 6. ed. São Paulo: 2AB, 2000.
WONG, Wucius. Princípios de forma e desenho. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
XAVIER, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Projética está licenciada sob a Creative Commons Attribution CC-BY 4.0 International. Os autores detém os direitos autorais e concedem à revista o direito de exclusividade de primeira publicação.
Os autores dos trabalhos aprovados autorizam Projética a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
Os autores assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. As provas finais não serão encaminhadas aos autores.