Sacrificio ritual en las religiones afrobrasileñas: reflexiones sobre patrimonialización, memoria y sin archive

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2019v24n3p433

Palabras clave:

Sacrificio Ritual, Religiones Afro-Brasileñas, Memoria, Patrimonio Cultural

Resumen

Introducción: Este artículo investiga cómo el sacrificio ritual de animales constituye un lugar de memoria de las religiones afrobrasileñas y las tensiones que surgen en el campo de las políticas del patrimonio. Objetivo: Como desdoblamiento de la problemática, intenta comprender las resonancias involucradas en ese universo simbólico y la red de elementos que parece sostener la estrategia de olvido de las políticas culturales en relación a ese saber hacer tradicional. Metodología: A partir de un breve análisis del proceso de registro del oficio de las baianas de acarajé, se traza un comparativo a fin de intentar comprender los elementos que interfieren, directa o indirectamente, en la elección de lo que es digno de ser rememorado y ocupar el lugar de patrimonio cultural que, en última instancia, representa la propia identidad nacional. Resultados: Argumenta que aunque el sacrificio ritual es un lugar de memoria de las religiones afrobrasileñas, el vaciamiento de su importancia como bien cultural y el saber tradicional está directamente relacionado con la resonancia externa negativa de esa práctica, consecuencia de lo que Yvonne Maggie llamó "miedo al hechizo", que puebla el imaginario popular y acompaña a las religiones afro-brasileñas aún en los días actuales. Conclusiones: Evidencia el modo en que las tensiones contribuyen a la institución de "memorias anarquivadas" en el campo de las políticas patrimoniales brasileñas y las fructíferas intersecciones entre la ciencia de la información y el campo del patrimonio cultural.

Biografía del autor/a

Clovis Carvalho Britto, Universidade de Brasília

Pós-Doutor em Estudos Culturais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília e Doutorando em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. Professor da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília.

Kellen Josephine Muniz de Lima, Universidade Tiradentes

Mestre em Direitos Humanos pela Universidade Tiradentes. Especialista em Direito Civil e Processual Civil. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Sergipe. Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB/SE. Professora Substituta da Universidade Federal de Sergipe. Professora Assistente I da Universidade Tiradentes – UNIT.

Citas

ABREU, Regina. Patrimônio: ampliação do conceito e processos de patrimonialização. In: CURY, Marília Xavier; VASCONCELLOS, Camilo de Mello; ORTIZ, Joana Montero (Orgs.). Questões indígenas e museus: debates e possibilidades. São Paulo: MAE/USP; Secretaria de Estado da Cultura, 2012.

ABREU, Regina. Patrimonialização das diferenças e os novos sujeitos de direito coletivo no Brasil. In: TARDY, Cécile (dir.); DODEBEI, Vera (Orgs.). Memória e novos patrimônios. Marseille: OpenEdition Press, 2015.

BRASIL. Ofício das baianas de acarajé. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2007.

BRASIL. Livros de registro. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2014.

CORREA, Alexandre Fernandes. A Coleção Museu de Magia Negra do Rio de Janeiro: o primeiro patrimônio etnográfico do Brasil. Mneme, Revista de Humaniades, Caicó, v. 7, n. 18, p. 404-438, out./nov. 2005.

DUARTE, Constância Lima. Arquivos de mulheres e mulheres anarquivadas: histórias de uma história mal contata. Gênero, Niterói, v. 9, n. 2, p. 11-17, 1. sem. 2009.

DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

FERNÁNDEZ-ARMESTO, Felipe. Comida: uma história. Tradução de Vera Joscelyn. Rio de Janeiro: Record, 2004.

FONSECA, Maria Cecília Londres. O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: UFRJ/MinCIPHAN, 2005, 295p.

GOMES, Ângela de Castro. A guardiã da memória. Acervo - Revista do Arquivo Nacional, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1/2, p.17-30, jan./dez. 1996.

HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. Tradução Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto: Museu de Arte do Rio, 2014.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora Unicamp, 2003.

LODY, Raul. Santo também come. 2. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.

MACIEL, Maria Eunice. Cultura e alimentação ou o que têm a ver os macaquinhos de Koshima com Brillat-Savarin? Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, vol. 7, n. 16, p. 145-156, dez. 2001.

MACIEL, Maria Eunice. Uma cozinha à brasileira. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 33, p. 25-39, jan.-jun. 2004.

MAGGIE, Yvonne. Medo do feitiço: relações entre magia e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo: PUC-SP, n. 10, 1993.

OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade como filosofia africana: Educação e cultura afrobrasileira. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, n.18, p. 28-47, 2012.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Tradução de Dora Rocha Flaksman. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, 1989, p. 3-15.

PRANDI, Reginaldo. O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-brasileiras. Revista Brasileira de Ciências Sociais [online]. V.16, n.47, p. 43-58. 2001.

RABELO, Miriam C. M. Aprender a ver no candomblé. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 21, n. 44, p. 229-251, jul./dez. 2015.

ROBERT, Yannick Yves Andrade. Sacrifício de animais em rituais de religiões de matriz africana Anais do XVI Seminário de Iniciação Científica. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.

SANTANA, Luciano Rocha; OLIVEIRA, Thiago Pires. O patrimônio cultural imaterial das populações tradicionais e sua tutela pelo Direito Ambiental. Jus Navigandi, Teresina, v. 10, n. 750, 24 jul. 2005. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/7044. Acesso em: 15 ago. 2016.

SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nàgô e a morte: Pàdè, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. Traduzido pela Universidade Federal da Bahia. Petrópolis: Vozes, 1976.

SODRÉ, Muniz. O Terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo; Imago, 2002. (Bahia: Prosa e poesia).

SOUZA, Willian Eduardo Righini de. CRIPPA, Giulia. O campo da Ciência da Informação e o patrimônio cultural: reflexões iniciais para novas discussões sobre os limites da área. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, v. 15, n. 29, p. 1-23, 2010.

TADVALD, Marcelo. Direito litúrgico, direito legal: a polêmica em torno do sacrifício ritual de animais nas religiões afro-gaúchas. Revista Caminhos, Goiana, v. 5, n. 1, p. 129-147, jan./jun. 2007.

VELHO, Gilberto. Patrimônio, negociação e conflito. Mana, v. 12, n. 1, 2006.

Publicado

2019-12-31

Cómo citar

Britto, C. C., & Lima, K. J. M. de. (2019). Sacrificio ritual en las religiones afrobrasileñas: reflexiones sobre patrimonialización, memoria y sin archive. Informação & Informação, 24(3), 433–451. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2019v24n3p433

Número

Sección

Artigos