A gestão da informação nas organizações

Autores/as

  • Terezinha Elisabeth da Silva Departamento de Ciência da Informação / Universidade Estadual de Londrina
  • Maria Inês Tomaél Departamento de Ciência da Informação / Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2007v12n2p148

Resumen

É evidente, na atualidade, que nada poderia funcionar sem uma quantidade significativa de informação como elemento que impulsiona os fenômenos sociais e que é por eles impulsionada. Pessoas e organizações – públicas ou privadas – dependem da informação em seus processos decisórios. Entretanto, para ser utilizada estrategicamente, é fundamental que a informação seja gerida em favor da sobrevivência e competitividade organizacional. Este processo, a gestão da informação (GI), é responsável por gerir tanto os recursos internos quanto os externos à organização.
A partir da década de 1980 a GI inicia uma trajetória de crescente importância na vida das organizações; importância que a coloca no mesmo patamar dos demais trabalhos e processos, como a gestão de RH, gestão de processos, gestão de negócios. Assim, a GI passou a ser considerada mais uma atividade essencial, como qualquer outro tipo de trabalho desenvolvido nas organizações.
Cada organização tem um fluxo de informação que lhe é peculiar e este fluxo é objeto importante da GI que deve mapeá-lo, identificando pessoas, fontes de informação, tecnologia utilizada, produtos e serviços, compondo esse conjunto estruturado de atividades relativas à forma como informação e conhecimento são obtidos, distribuídos e utilizados. Todas as etapas e atores do fluxo de informação precisam ser identificados e nomeados a fim de detectar as influências que exercem sobre o processo e antever problemas que possam surgir.
Para que isto se realize, a GI deve se apoiar em políticas organizacionais que propiciem a sintonia e o inter-relaciona-mento entre as unidades ou setores da instituição. Esta é uma condição imprescindível para que os procedimentos direcionem os fluxos de informação para a gestão.
Mas, além desses, quais seriam os outros elementos fundamentais para a GI? Estamos falando de um processo que é social, portanto, as pessoas e suas relações, mais que qualquer outro elemento, são preponderantes para a efetivação da GI. Não há dúvida de que a credibilidade e o sucesso de qualquer projeto de GI será imputado às pessoas que o direcionam e o condicionam de acordo com os objetivos pretendidos.
Além das pessoas, diferentes recursos de informação são mobilizados para que a gestão cumpra sua função. Esses recursos compreendem: tecnologia da informação, fontes, serviços e sistemas de informação. Portanto, a GI adere-se não apenas aos processos de organização da informação, mas também às necessidades de informação; centra-se nos fluxos e ações referentes à informação, e não somente nos sistemas de informação.
A GI refere-se ao conhecimento que pode ser coletado, processado e administrado, por isso foi incorporada às amplas questões que a gestão do conhecimento compreende. Nesta perspectiva a informação é um importante ativo para o compartilhamento do conhecimento nas organizações.
Infelizmente a organização da informação ainda é um recurso inacessível para muitas instituições que não desenvolveram habilidades para capitalizar as informações que detêm ou têm acesso. Por essa razão a GI pode ser uma estratégia que maximiza recursos, em que as pessoas, por meio de suas atividades e produção, possam melhor compartilhar a informação. Em conseqüência serão criados ativos de conhecimento e informação que produzirão ambientes de aprendizagem que tragam maiores vantagens às organizações.
Ciente da importância da GI para a área de Ciência da Informação e para os profissionais que nela atuam, o Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina, propôs o Curso de Mestrado Profissional em Gestão da Informação. O Curso, cuja primeira oferta inicia-se no segundo semestre de 2008, pretende capacitar profissionais para o exercício das atividades de gestor da informação, expandir competências dos profissionais, aprofundar conhecimentos, ampliar cenários e espaços dedicados à informação, estimular a reflexão desses profissionais enriquecendo suas práticas, agregando novos conhecimentos e habilidades a seus espaços profissionais.
Com essas ações, o Departamento de Ciência da Informação da UEL contribui para a área de Ciência da Informação no Brasil, oferecendo aos profissionais – que por vários motivos não se enquadram no perfil do Mestrado Acadêmico – a possibilidade de formação especializada e qualificada em Pós-Graduação Stricto Sensu na modalidade Mestrado Profissional.

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Publicado

2007-11-10

Cómo citar

Silva, T. E. da, & Tomaél, M. I. (2007). A gestão da informação nas organizações. Informação & Informação, 12(2), 148–149. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2007v12n2p148

Número

Sección

Editorial