Informação e Memória no Tribunal de Contas da União (1970-2004)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1981-8920.2016v21n3p306Palavras-chave:
Memória Institucional, Tribunal de Contas da União, Museu Guido Mondin, Biblioteca Rubens Rosa, Museus Institucionais.Resumo
Introdução: Este artigo apresenta os percursos e processos de institucionalização de museu no interior de instituições cuja atividade fim não é a museal. Brasília, por ser a capital federal abriga uma série de instituições de diferentes naturezas que, como observamos, vem instituindo espaços de memória em sua estrutura. Para tal, escolhemos uma instituição em particular: o Tribunal de Contas da União.Objetivo: O objetivo desta pesquisa é o de verificar a natureza dos processos que engendraram os museus do TCU em uma instituição cuja finalidade não é a museal.
Metodologia: Para tal, pesquisamos e analisamos os documentos existentes no Tribunal de Contas, assim como foram recolhidas entrevistas com Ministros, funcionários e ex-funcionários daquele tribunal, totalizando 11 entrevistas de natureza semiestruturada.
Resultados: A pesquisa nos possibilitou dar a conhecer a institucionalização de uma estrutura da gestão da informação no TCU que teve início com a estruturação do arquivo do órgão; nas três décadas seguintes assistimos a autonomização de uma biblioteca para o órgão e, nos anos 1970 do Museu do TCU.
Conclusões: Por meio da documentação pesquisada e das entrevistas recolhidas, pudemos observar que tanto arquivo quanto a biblioteca, foram criados como desdobramentos da necessidade de organização e recuperação da Informação, tendo em vista as atividades finalísticas daquele Tribunal. Ao tempo, institucionalizava-se o processo de transformação da informação em registro e memória do órgão que culmina com a criação do Museu.
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