Gestão da informação na investigação criminal moçambicana
DOI:
https://doi.org/10.5433/1981-8920.2018v23n2p467Palavras-chave:
Sistemas de informação, Tecnologia de informação, Segurança pública, Investigação criminalResumo
Introdução: A polícia moçambicana é uma instituição pública inserida no Ministério do Interior que, em coordenação com outras áreas deste ministério, é responsável pela manutenção da lei e ordem, no que tange à proteção das pessoas e seus bens. Ela encontra-se dividida em diferentes setores de atividade onde se escolheu o setor de investigação criminal para se fazer o estudo por se notar uma gestão diferenciada da informação entre as direções deste ministério, o que influencia nos resultados esperados. Objetivo: analisar os sistemas e as fontes de informação que a polícia de Moçambique usa na investigação dos crimes praticados naquele país. Metodologia: Depois da revisão da literatura, a análise documental foi usada para contextualizar a segurança pública moçambicana, por meio de dispositivos legais e outros materiais usados na investigação criminal o que consubstancia o método qualitativo. O método quantitativo foi utilizado para analisar os dados obtidos por meio de um survey exploratório de corte transversal administrado a 40 instrutores de processos - crime na Direção de Investigação Criminal de Nampula. Os dados foram coletados entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014. Resultados: A pesquisa revelou a utilização de sistemas de informação manuais, embora haja, na Direção estudada, recursos humanos qualificados para usar sistemas e fontes de informação automatizadas. Por outro lado, a informação contida nas bases de dados dos outros setores de atividade, mesmo que se demonstrem fontes de informação úteis para a investigação criminal, esta não tem acesso. Conclusão: a investigação criminal moçambicana precisa de mais estruturação para acompanhar a atual sociedade de informação. No que tange à gestão da informação, é necessário identificar as fontes de informação e os respectivos sistemas mais adequados para a operacionalização racional dos serviços institucionais. Há necessidade de se desenhar uma política de compartilhamento de informação ao nível mais alto da instituição, guiando-se pelas necessidades da mesma, o nível de contribuição desta para objetivos institucionais e o fim para o qual a informação é coletada.Downloads
Referências
BARBOSA, R. R. Gestão da informação e do conhecimento: origens, polêmicas e perspectivas. Informação & informação, Londrina, v. 3, n. especial, p. 01-25, 2008.
BELLUZZO, R. C. B. Competência em informação: um diferencial na gestão de pessoas. In: Encontro Internacional de Gestores do Conhecimento em Educação e Tecnologia da Informação, 1, 2004, Campinas. Anais...Campinas: FE/Unicamp, 2004.
BRUNI, A. L. SPSS: guia prático para pesquisadores. São Paulo: Atlas, 2012.
CHOO, C. W. A. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: SENAC, 2004.
DAVENPORT, T. H. Ecologia da Informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação? 2. ed. São Paulo: Futura, 1998.
FURTADO, V. Tecnologia e gestão da informação na segurança pública. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
KANASHIRO, M. M. Biometria no Brasil e o registro de identidade civil: novos rumos para identificação. 2011. 126 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-23042012-120515/ptbr.php. Acesso em: 07 mar. 2014.
LEITE, F. T. Metodologia científica: métodos e técnicas de pesquisa (monografias, dissertações, teses e livros). 3. ed. São Paulo: Ideias & Letras, 2008.
MANNING, P. K. As tecnologias de informação e a polícia. In: MANNING, P. K.; TONRY, M.; MORRIS, N. (org.). Policiamento moderno. São Paulo: USP, 2003. p. 375-426.
MOÇAMBIQUE. Diploma Ministerial nº 68, de 2 de maio de 2011. Publica o Estatuto Orgânico do Ministério do Interior. Boletim da República, Maputo, n. 18, 2º Suplemento, I Série.
MOÇAMBIQUE. Decreto nº 11, de 29 de abril de 2008. Introduz o Bilhete de Identidade (BI) para o cidadão nacional baseado em elementos biométricos. Boletim da República, Maputo, n. 17, 3º Suplemento, I Série, p. 11-12.a
MOÇAMBIQUE. Decreto nº 12, de 29 de abril de 2008. Aprova os novos modelos de vistos e de autorização de residência baseados em elementos biométricos e eletrônicos. Boletim da República, Maputo, n. 17, 3º Suplemento, I Série, p. 12-13.b
MOÇAMBIQUE. Decreto nº 13, de 29 de abril de 2008. Cria o novo modelo de Passaporte para cidadãos nacionais baseados em elementos biométricos e eletrônicos. Boletim da República, Maputo, n. 17, 3º Suplemento, I Série, p. 13-14.c
PASTOR, J. Security Law and Methods. Burlington: Elsevier Science, 2006. 628 p.
STAIR, R. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
TARAPANOFF, Kira (org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: Ed. da UnB, 2001.
TOFOLETTE, M.; RÉ, A. M. A tecnologia da informação como forma de facilitar a investigação em uma delegacia Regional de polícia. UNICENTRO - Revista Eletrônica Lato Sensu, Curitiba, p. 01-09, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.
O conteúdo dos textos e a citação e uso de imagens submetidas são de inteira responsabilidade dos autores.
Em todas as citações posteriores, deverá ser consignada a fonte original de publicação, no caso a Informação & Informação.