O estudo dos cristãos-novos no Brasil colônia sobre a ótica das escolas israelitas: estudo de caso.
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2013v19n2p241Palavras-chave:
Escola Judaica, História e Ensino, Material didático, São PauloResumo
Neste estudo pretendemos chamar a atenção para o modo como se dá o ensino de História numa escola de origem judaica, a qual aqui iremos chamar de Cheder. Localizada na cidade de São Paulo daremos ênfase a dois materiais que embora diferenciados quanto à sua elaboração, trazem em suas narrativas a figura do cristão-novo numa perspectiva mais abrangente do que aquela existente nos livros didáticos utilizados nas escolas não judaicas, por exemplo. Foi logo no início do século XX que se deu a criação das primeiras escolas de origem judaicas no Brasil. Embora a história da educação judaica no Brasil esteja ainda para ser feita, para os judeus imigrantes que chegavam no Brasil especialmente nesse período, a escola apresentava-se como uma forma de preservação da cultura, da memória e da identidade judaica que faziam questão de manter. Em nossas primeiras constatações, pudemos verificar que em se tratando das disciplinas ligadas ao ensino do judaísmo, essas ocorrem, exceto pelo ensino da língua hebraica, externamente daquelas que compreendem o currículo oficial, e, dessa forma, não se limitam apenas ao currículo judaico; não necessariamente implicam na obrigatoriedade do ensino religioso; percebemos que ao contrário de uma postura de submissão ou vitimização, a escrita da história em torno dos cristãos-novos nos textos aqui apresentados, demonstra a todo o momento o quanto esses agentes estavam integrados nas sociedades em que se inseriram, criando redes de negociação e sociabilidade com as populações locais, mesclando-se a elas, ocupando cargos de confiança e criando mecanismos de sobrevivência.
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Referências
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