A avaliação da aprendizagem histórica:
um estudo a partir do ENEM e de exames vestibulares
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2022v28n1p035-057Palavras-chave:
avaliação, provas de larga escala, aprendizagem histórica, literacia histórica, pensamento históricoResumo
Este artigo traz alguns resultados de um estudo a partir do Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) e de exames vestibulares de quatro grandes universidades
públicas do estado do Paraná (UFPR, UEL, UEM e UEPG). Entendemos que, quando
se trata de Ensino de História, há diversas possibilidades de análise dessas provas,
como a observação de quais conteúdos, conceitos e temáticas são mais recorrentes,
quais são ausentes e, também, quais tipos de abordagens desses conteúdos podem
ser observados, seus referenciais conceituais, suas lacunas, as imprecisões, entre
outros. Também é possível observar quais exigências de conhecimento histórico
esses exames contemplam, se estão focadas no domínio e na utilização de conceitos,
na memorização de informações ou datas, entre outras. Pensando neste último
aspecto, relacionado ao tipo de aprendizagem exigida dos estudantes, tomamos
como base o conceito de aprendizagem histórica de teóricos da History Education
inglesa e da Didática da História Alemã, para analisar a aprendizagem histórica
exigida nos vestibulares e no Enem. Realizamos, assim, a análise de um corpus
documental composto por cinco edições desses exames, entre 2014 e 2018, e
buscamos evidenciar fragilidades e potencialidades dessas avaliações de larga escala
na aferição de uma aprendizagem focada na literacia e no pensamento históricos.
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