“Neguinho e Kika”: (re)significações audivisuais
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2019v10n2p159Palavras-chave:
audiovisual, psicologia, estética, paradigma indiciárioResumo
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que teve como objetivo a análise de um filme de curta metragem Neguinho e Kika. O filme conta a história de Neguinho, um jovem trabalhador do tráfico de drogas, que vive um amor em meio aos dramas da vida. Para pensar o filme e as relações estéticas a partir da obra, tomamos como interlocutor o filósofo Jacques Rancière. A análise foi orientada pelo paradigma indiciário, método de investigação que se atenta aos detalhes das narrativas, cenários e atuações. As cenas escolhidas para análise têm em comum a presença de instituições que, de certa maneira, (des)ordenam a vida na comunidade: o estado, a família e o tráfico. Compreendemos, a partir de nossa análise, que o filme mostra sua potência nas relações que estabelece, além do que é visível e dizível, no fazer sentir e pensar para além do que o autor nos apresenta.
Downloads
Referências
Dayrell, J. T. (2002). O rap e o funk na socialização da juventude. Educação e Pesquisa, 28(1), 117-136. doi:10.1590/S1517-97022002000100009
Feffermann, M. (2006). Vidas Arriscadas: O cotidiano de jovens trabalhadores do tráfico. Petrópolis, RJ: Vozes.
Feffermann, M. (2008). O cotidiano de jovens trabalhadores do tráfico. Segurança Urbana e Juventude, 1(2), 1-14.
Ginzburg, C. (1987). O queijo e os vermes: O cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela inquisição. (M. B. Amoroso, Trans.). São Paulo, SP: Companhia das Letras.
Góes, M. C. R. (2000). A abordagem microgenética na matriz histórico-cultural: Uma perspectiva para o estudo da constituição da subjetividade. Cadernos Cedes, 20(50), 9-25. doi:10.1590/S0101-32622000000100002.
Gomes, A. H. (2016). Mediação audiovisual e atividade imagética: Um encontro com trabalhadoras no campo da desigualdade social. (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Machado, F. V. (2013). Subjetivação política e identidade: Contribuições de Jacques Rancière para a psicologia política. Psicologia Política, 13(27), 261-280.
Moreira, A. C. G., Vilhena, J., Cruz, A. T. A., Novaes, J. V. (2009). Quem tem medo do lobo mau? Juventude, agressividade e violência. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 12(4), 677-697. doi:10.1590/S1415-47142009000400005
Mostaço, E. (2010). Da arte de quebrar pedras ou a cena da emancipação. Urdimento – Revista de Estudos em Artes Cênicas, 1(15), 11-19.
Oliveira, S. R. R. (2006). Imagem também se lê. In S. Z. Da Ros, K. Maheirie, & A. V. Zanella. Relações estéticas, atividade criadora e imaginação: Sujeitos e (em) experiência. Florianópolis: NUP/CED/UFSC.
Pallamin, V. (2010). Aspectos da relação entre o estético e o político em Jacques Rancière. Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, 12(2), 6-16. doi:10.11606/issn.1984-4506.v0i12p6-16
Penafria, M. (2009). Análise de Filmes: Conceitos e metodologia(s). VI Congresso SOPCOM. Recuperado de http://www.bocc.ubi.pt/pag/bocc-penafria-analise.pdf
Ramos, P. H. V. (2012). Rancière: A política das imagens. Princípios Revista de Filosofia, 19 (32), 95-107.
Rancière, J. (2009). A partilha do sensível: Estética e política (M. C. Netto, Trans.). São Paulo, SP: Editora 34. (Trabalho original publicado em 2005).
Rancière, J. (2012). O espectador emancipado (I. C. Benedetti, Trans.). São Paulo, SP: Editora WMF Martins Fontes.
Rancière, J. (2011). O que significa Estética. (R. P. Cabral, Trans.). Projeto Ymago. Recuperado de: http://cargocollective.com/ymago/Ranciere-Txt-2
Rancière, J. (2015). O mestre ignorante: Cinco lições sobre a emancipação intelectual. (L. Valle, Trans.). Belo Horizonte, MG: Autêntica. (Trabalho original publicado em 1987).
Rancière, J. (2010). O espectador emancipado. (D. Ávila, Trans.). Urdimento – Revista de Estudos em Artes Cênicas, 2(15), 107-122.
Souza, R. S. R. (2012). Juventude, violência e direitos humanos. In L. C. B. Rena (Ed.), Juventude em Movimento: Uma experiência de extensão universitária a partir do IV JUBRA (p. 177-196). Belo Horizonte, MG: Ed. PUC Minas.
Takeuti, N. M. (2012). Paradoxos societais e juventude contemporânea. Estudos de Psicologia, 17(3), 427-434. doi:10.1590/S1413-294X2012000300011
Vanoye, F. (2012). Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas, SP: Papirus.
Vigotski, L. S. (1994). A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. (J. C. Neto, L. S. M. Barreto, & S. C. Afeche, Trans.). São Paulo, SP: Martins Fontes.
Zanella, A. V. (2004). Atividade criadora, produção de conhecimentos e formação de pesquisadores: Algumas reflexões. Psicologia & Sociedade, 16(1), 135-145. doi:10.1590/S0102-71822004000100011
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Estudos Interdisciplinares em Psicologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Estudos interdisciplinares em Psicologia adota a licença CC-BY, esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
Este obra está licenciado com uma Licença Attribution 4.0 International (CC BY 4.0)