Construindo redes: os acompanhantes terapêuticos em Recife – PE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n3p76

Palavras-chave:

clínica, social, saúde mental, formação profissional, psicologiaicologia.

Resumo

Esta pesquisa objetivou compreender a ação clínica dos acompanhantes terapêuticos (Ats) nas redes sociais da cidade de Recife – PE. Realizou-se um estudo qualitativo, de cunho fenomenológico existencial com cinco Ats, utilizando a narrativa colaborativa como instrumento. Em um primeiro momento, individualmente, cada participante se expressou livremente. Após, realizou-se um encontro grupal com os mesmos participantes. Na análise das narrativas, fez-se uso da hermenêutica filosófica de Gadamer, compreendendo a clínica do Acompanhamento Terapêutico em suas diferentes possibilidades de ação clínica com as especificidades inerentes ao seu campo de atuação, a partir da experiência de quem a pratica. Nessa direção, percebeu-se que os Ats estão inseridos nos seguintes seguimentos: acompanhamento clínico com foco em saúde mental – particular ou institucional –, formação, supervisão e pesquisa. Contudo, constatou-se que eles estão operacionalizando ações segregadas. Em contrapartida, os Ats demonstraram almejar um lugar mais delimitado, o que inclui organização, institucionalização, formalização e profissionalização desta prática.

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Biografia do Autor

Ananda Kenney da Cunha Nascimento, Universidade Católica de Pernambuco (Unicap)

Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP

Ana Carolina de Moraes Silva, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Graduanda em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Marcus Túlio Caldas, Universidade Católica de Pernambuco

Doutor em Psicologia pela Universidade Deusto-Espanha. Professor na Universidade Católica de Pernambuco.

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Publicado

2020-12-18

Como Citar

Nascimento, A. K. da C., Silva, A. C. de M., & Caldas, M. T. (2020). Construindo redes: os acompanhantes terapêuticos em Recife – PE. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 11(3), 76–98. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n3p76

Edição

Seção

Artigos Originais