As queixas escolares no serviço-escola: evolução dos casos
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n3p29Palavras-chave:
psicologia, clínicas-escola, processos psicoterapêuticosResumo
As queixas escolares compreendem as dificuldades no processo de escolarização, seja de ordem pedagógica, relacional ou comportamental. Esta pesquisa teve como objetivo identificar as condutas adotadas e a evolução dos casos de crianças usuárias do serviço-escola de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro com queixas escolares, no período de 2013 a 2017, na faixa etária compreendida entre sete e 12 anos incompletos. Trata-se de uma pesquisa documental, com 60 prontuários analisados. Foram encontradas, na maioria dos prontuários, crianças do sexo masculino, de escola pública, e atendidas na modalidade de psicodiagnóstico. Foram observados grande desistência dos atendimentos, culpabilização da criança e da família, e pouco contato com a escola. Considera-se necessário compreender todos os ambientes nos quais a criança se encontra inserida.
Downloads
Referências
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo, SP: Edições 70.
Boaz, C., & Nunes, M. L. P. (2009). Caracterização das queixas de meninos e meninas em clínicas-escola nos últimos 30 anos. Anais da IV Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação da PUC. Porto Alegre, RS.
Braga, S. G., & Morais, M. L. S. (2007). Queixa escolar: Atuação do psicólogo e interfaces com a educação. Psicologia USP, 18(4), 35-51. doi: 10.1590/S0103-65642007000400003
Benetti, S. P. C., & Cunha, T. R. S. (2008). Abandono de tratamento psicoterápico: Implicações para a prática clínica. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 60(2), 48-59.
Braunstein, V. C. (2007). Um atendimento em orientação à queixa escolar numa perspectiva winnicottiana: Muito além do indivíduo. In B. P. Souza (Ed.), Orientação à queixa escolar (pp. 399-414). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Collares, C. A. L., & Moysés, M. A. A. (1996). Preconceitos no cotidiano escolar: Ensino e medicalização. São Paulo, SP: Cortez.
Cunha, E. O., Dazzani, M.V. M., Santos, G. L., & Zucoloto, P. C. S. V. (2016). A queixa escolar sob a ótica de diferentes atores: Análise da dinâmica de sua produção. Estudos de Psicologia (Campinas), 33(2), 237-245. doi: 10.1590/1982-02752016000200006
Daher, A. C. B., Ortolan, M. L. M., Sei, M. B., & Victrio, K. C. (2017). Plantão psicológico a partir de uma escuta psicanalítica. Semina: Ciências Sociais e Humanas, 38(2), 147-158. doi: 10.5433/1679-0383.2017v38n2p147
Dazzani, M. V. M., Cunha, E. O., Luttigards, P. M., Zucoloto, P. C. S. V., & Santos, G. L. (2014). Queixa escolar: Uma revisão crítica da produção científica nacional. Psicologia Escolar e Educacional, 18(3), 421-428. doi: 10.1590/2175-3539/2014/0183762
Dias, E. O. (2012). A teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott. São Paulo, SP: DWW editorial.
Freller, C. C., Souza, B. P., Angelucci, C. B., Bonadio, A. N., Dias, A. C., Lins, F. R. S., & Macêdo, T. E. R. (2001). Orientação à queixa escolar. Psicologia em Estudo, 6(2), 129-134. doi: 10.1590/S1413-73722001000200018
Galindo, W. C. M., Sousa, T. B. S., & Tamman, B. F. (2019). Modalidades de atendimento à população por serviços-escola de Psicologia: Panorama das publicações. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 12(2), 371-388. doi: 10.36298/gerais2019120212
Gomes, C. A. V., & Pedrero, J. N. (2015). Queixa escolar: Encaminhamentos e atuação profissional em um município do interior paulista. Psicologia: Ciência e Profissão, 35(4), 1239-1256. doi: 10.1590/1982-3703002192013
Kripka, R. M. L., Scheller, M., & Bonotto, D. L. (2015). Pesquisa documental: Considerações sobre conceitos e características na pesquisa qualitativa. Investigação Qualitativa em Educação, 2, 243-247.
Krug, J. S., Trentini, C. M., & Bandeira, D. R. (2016). Conceituação de psicodiagnóstico na atualidade. In C. S. Hutz, D. R. Bandeira, C. M. Trentini, & J. S. Krug (Eds.). Psicodiagnóstico. Porto Alegre, RS: Artmed Editora.
Leonardo, N. S. T., Lemes, M. J., & Facci, M. G. D. (2016). O psicólogo diante da queixa escolar: Possibilidades de enfrentamento. Ensino em Re-Vista, 23(1), 275-302. doi: 10.14393/ER-v23n1a2016-15
Marturano, E. M., Elias, L. C. S. (2016). Família, dificuldades no aprendizado e problemas de comportamento em escolares. Educar em Revista, 59, 123-139. doi: 10.1590/0104-4060.44617
Meira, M. E. M. (2000). Psicologia escolar: Pensamento crítico e práticas profissionais. In E. R. Tanamachi, M. L. Rocha, & M. P. R. Proença (Eds.). Psicologia e Educação: Desafios teórico-práticos (pp. 35-12). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Nakamura, M. S., Lima, V. A. A., Tada, I. N. C., & Junqueira, M. H. R. (2008). Desvendando a queixa escolar: Um estudo no serviço de Psicologia da Universidade Federal de Rondônia. Psicologia Escolar e Educacional, 12(2), 423-429. doi: 10.1590/S1413-85572008000200013
Neumann, A. P., & Zordan, E. P. (2011). A implantação do acolhimento na abordagem sistêmica em uma clínica-escola: possibilidades e desafios. Revista de Psicologia da IMED 3(1), 496-505. doi: 10.18256/2175-5027/psico-imed.v3n1p496-505
Oliveira-Menegotto, L. M., & Fontoura, G. P. (2015). Escola e Psicologia: Uma história de encontros e desencontros. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, 19(2), 377-385. doi: 10.1590/2175-3539/2015/0192869
Patto, M. H. S. (1999). A produção do fracasso escolar: Histórias de submissão e rebeldia. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Ribeiro, M. J. (2004). Contribuições introdutórias para uma interlocução da obra de D. W. Winnicott e a psicología na escola. Winnicott e-prints, 3(1), 01-22.
Ribeiro, M. J. (2008). O início das vivências escolares: Contribuições da obra do psicanalista D. W. Winnicott. Aprender: Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, (11), 155-177.
Rodrigues, M. C., Campos, A. P. S., & Fernandes, I. A. (2012). Caracterização da queixa escolar no Centro de Psicologia Aplicada da Universidade Federal de Juiz de Fora. Estudos de Psicologia (Campinas), 29(2), 241-252. doi: 10.1590/S0103-166X2012000200010
Salles, R. J., & Tardivo, L. S. P. C. (2017). Contribuições do pensamento de Winnicott para teoria e prática do psicodiagnóstico psicanalítico. Boletim Academia Paulista de Psicologia, 37(93), 282-310.
Scortegagna, P., & Levandowski, D. C. (2004). Análise dos encaminhamentos de crianças com queixa escolar da rede municipal de ensino de Caxias do Sul. Interações, 9(18), 127-152.
Sei, M. B., & Colavin, J. R, P. (2016). Desistência e abandono da psicoterapia em um serviço-escola de Psicologia. Revista Brasileira de Psicoterapia, 18(2), 37-49.
Serralha, C. A. (2016). O ambiente facilitador winnicottiano: Teoria e prática clínica. Curitiba, PR: CRV.
Silva Neto, W. M. F., Oliveira, W. A., & Guzzo, R. S. (2017). Discutindo a formação em Psicologia: A atividade de supervisão e suas diversidades. Psicologia Escolar e Educacional, 21(3), 573-582. doi: 10.1590/2175-353920170213111111
Simões, A. L. A. (2016). Centro de Estudos e Pesquisa em Psicologia Aplicada – CEPPA: Regulamento interno. Disponível em http://www.uftm.edu.br/ielachs/ceppa.
Souza, M. P. R. (2007). Prontuários revelando os bastidores do atendimento à queixa escolar. In B. P. Souza (Ed.), Orientação à queixa escolar (pp. 27-58). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Souza, M. P. R. et al. (2014). Atuação do psicólogo na educação: Análise de publicações científicas brasileiras. Psicologia da Educação, (38), 123-138.
Vasconcellos, M. M. M., & Sordi, M. R. L. (2016). Formar professores universitários: Tarefa impossível? Interface, 20(57), 403-414. doi: 10.1590/1807-57622015.0450.
Wielewicki, A. (2011). Problemas de comportamento infantil: Importância e limitações de estudos de caracterização em clínicas-escola brasileiras. Temas em Psicologia, 19(2), 379-389.
Winnicott, D. W. (1982). A criança e o seu mundo (6 ed., A. Cabral, Trad.). Rio de Janeiro, RJ: LTC. (Trabalho original publicado em 1964).
Winnicott, D. W. (1997). Pensando sobre crianças (M. A. Veronese, Trad.). Porto Alegre, RS: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1996).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Estudos Interdisciplinares em Psicologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Estudos interdisciplinares em Psicologia adota a licença CC-BY, esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
Este obra está licenciado com uma Licença Attribution 4.0 International (CC BY 4.0)