O desafio de ser psicoterapeuta: Articulações entre as clínicas de inspiração heideggeriana e winnicottiana
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2015v6n2p02Palavras-chave:
psicoterapia, daseinsanalyse, clínica winnicottianaResumo
O acolhimento na clínica psicológica surge como um dos maiores embates na contemporaneidade. Este artigo pretende refletir o ser psicoterapeuta em uma perspectiva que aproxime ainda mais da experiência de inclinar-se frente ao sofrimento do outro em uma atitude de acolhimento. Inspirados nos conceitos centrais de "cuidado" na clínica daseinsanalítica e de "holding" no pensamento winnicottiano, procura-se elucidar a temática, destacando o compromisso ético desse profissional no contexto da clínica psicológica. Para isso, será feito um breve esboço das características norteadoras da Daseinsanalyse e da clínica na perspectiva de Winnicott, destacando especificamente a figura do psicoterapeuta e suas implicações na relação com o outro. Possíveis arremates serão realizados entre esses diferentes olhares, salvaguardando a experiência imediata do que representa a sua prática. Em um último momento, pretende-se apontar o que tais articulações levam o profissional a pensar para além de uma clínica psicológica a serviço de uma adaptação ao contexto social.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
Calazans, R. (2008). Psicanálise: clínica da escuta, clínica do sujeito pulsional. Revista de Psicanálise, 21(1), 18-25.
Cytrynowicz, M. B. (1997). Psicoterapia: uma aproximação daseinsanalítica. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse, 4, 63-70.
Doron, R. & Parot, F. (Eds.) (1998). Dicionário de Psicologia. São Paulo: Ática.
Dutra, E. (2004). Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade. Estudos de Psicologia, 9(2), 381-387. doi: 10.1590/S1413-294X2004000200021
Figueiredo, L.C.M. (1994). Escutar, recordar, dizer. Encontros heideggerianos com a clínica psicanalítica. São Paulo, SP: Educ/Escuta.
Figueiredo, L.C.M. (2004). Revisitando as Psicologias: Da Epistemologia à Ética das Práticas e Discursos Psicológicos. Petrópolis, RJ: Vozes.
Guerra, A. M. C. (2002). O Social na Clínica e a Clínica do Social: Sutilezas de uma Prática. In B. D. Gonçalves; A.M.C. Guerra, & J. O. Moreira (Eds.), Clínica e Inclusão Social: Novos Arranjos Subjetivos e Novas Formas de Intervenção (pp. 29-48). Belo Horizonte, MG: Edições do Campo Social.
Heidegger, M. (2001a). Ensaios e conferências. (E. C. Leão, G. Fogel, & M. S. C. Schuback, Trans.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Heidegger, M. (2001b). Seminários de Zollikon (G. Arnhold & M. F. A. Prado, Trans.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Heidegger, M. (1997). Ser e tempo - Parte I. Petrópolis, RJ: Vozes. Heidegger, M. (1996). Ser e tempo - Parte II. Petrópolis, RJ: Vozes.
Kupermann, D. (2008). Presença sensível: Cuidado e criação na clínica psicanalítica. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
Levy, P. (2001). A Conexão Planetária: O Mercado, O Ciberespaço, A Consciência. São Paulo: Editora 34.
Loparic, Z. (2007). Origem em Heidegger e Winnicott. Natureza Humana, 9(2), 243-273. Safra, G. (2004). A pó-ética na clínica contemporânea. Aparecida, SP: Ideias e Letras.
Romagnolli, R.C. (2006). Algumas reflexões acerca da clínica social. Revista do Departamento de Psicologia - UFF, 18(2), 47-56. doi: 10.1590/S0104- 80232006000200004
Rosemberg, M. (2012, outubro). Tradição e paradoxo no viver criativo: criação/destruição/encontro. Apresentação oral no 29º Congresso da FEPAL Intervenção-Tradição, São Paulo, SP.
Santos, E.S. (2007). Winnicott e Heidegger: Indicações para um estudo sobre a teoria do amadurecimento pessoal e a acontecência humana. Natureza Humana, 9(1), 29-49.
Sapienza, B. T. (2007). Do desabrido à confiança: Daseinsanalyse e terapia. São Paulo, SP: Escuta.
Ximenes, C.M.A. (2005). O sentido de ser sintoma na clínica psicológica. (Dissertação de mestrado não publicada). Universidade Católica de Pernambuco, Recife.
Winnicott, D. (1991). Holding e Interpretação. (S. M. T. M. Barros, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Obra original publicada 1986).
Winnicott, D. (1975). O brincar e a realidade (J. O. A. Abreu & V. Nobre, Trads.). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Obra original publicada 1971).
Winnicott, D. (1999a). Os bebês e suas mães. (J. L. Camargo, Trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Obra original publicada 1987).
Winnicott, D. (1999b). Tudo começa em casa. (P. Sandler, Trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Obra original publicada 1986).
Winnicott, D. (2000). Da pediatria à psicanálise. (J. Russo, Trad.). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Obra original publicada 1958).
Winnicott, D. (2005). A família e o desenvolvimento individual. (M. B. Cipola, Trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Obra original publicada 1965)
Cytrynowicz, M. B. (1997). Psicoterapia: uma aproximação daseinsanalítica. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse, 4, 63-70.
Doron, R. & Parot, F. (Eds.) (1998). Dicionário de Psicologia. São Paulo: Ática.
Dutra, E. (2004). Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade. Estudos de Psicologia, 9(2), 381-387. doi: 10.1590/S1413-294X2004000200021
Figueiredo, L.C.M. (1994). Escutar, recordar, dizer. Encontros heideggerianos com a clínica psicanalítica. São Paulo, SP: Educ/Escuta.
Figueiredo, L.C.M. (2004). Revisitando as Psicologias: Da Epistemologia à Ética das Práticas e Discursos Psicológicos. Petrópolis, RJ: Vozes.
Guerra, A. M. C. (2002). O Social na Clínica e a Clínica do Social: Sutilezas de uma Prática. In B. D. Gonçalves; A.M.C. Guerra, & J. O. Moreira (Eds.), Clínica e Inclusão Social: Novos Arranjos Subjetivos e Novas Formas de Intervenção (pp. 29-48). Belo Horizonte, MG: Edições do Campo Social.
Heidegger, M. (2001a). Ensaios e conferências. (E. C. Leão, G. Fogel, & M. S. C. Schuback, Trans.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Heidegger, M. (2001b). Seminários de Zollikon (G. Arnhold & M. F. A. Prado, Trans.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Heidegger, M. (1997). Ser e tempo - Parte I. Petrópolis, RJ: Vozes. Heidegger, M. (1996). Ser e tempo - Parte II. Petrópolis, RJ: Vozes.
Kupermann, D. (2008). Presença sensível: Cuidado e criação na clínica psicanalítica. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.
Levy, P. (2001). A Conexão Planetária: O Mercado, O Ciberespaço, A Consciência. São Paulo: Editora 34.
Loparic, Z. (2007). Origem em Heidegger e Winnicott. Natureza Humana, 9(2), 243-273. Safra, G. (2004). A pó-ética na clínica contemporânea. Aparecida, SP: Ideias e Letras.
Romagnolli, R.C. (2006). Algumas reflexões acerca da clínica social. Revista do Departamento de Psicologia - UFF, 18(2), 47-56. doi: 10.1590/S0104- 80232006000200004
Rosemberg, M. (2012, outubro). Tradição e paradoxo no viver criativo: criação/destruição/encontro. Apresentação oral no 29º Congresso da FEPAL Intervenção-Tradição, São Paulo, SP.
Santos, E.S. (2007). Winnicott e Heidegger: Indicações para um estudo sobre a teoria do amadurecimento pessoal e a acontecência humana. Natureza Humana, 9(1), 29-49.
Sapienza, B. T. (2007). Do desabrido à confiança: Daseinsanalyse e terapia. São Paulo, SP: Escuta.
Ximenes, C.M.A. (2005). O sentido de ser sintoma na clínica psicológica. (Dissertação de mestrado não publicada). Universidade Católica de Pernambuco, Recife.
Winnicott, D. (1991). Holding e Interpretação. (S. M. T. M. Barros, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Obra original publicada 1986).
Winnicott, D. (1975). O brincar e a realidade (J. O. A. Abreu & V. Nobre, Trads.). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Obra original publicada 1971).
Winnicott, D. (1999a). Os bebês e suas mães. (J. L. Camargo, Trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Obra original publicada 1987).
Winnicott, D. (1999b). Tudo começa em casa. (P. Sandler, Trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Obra original publicada 1986).
Winnicott, D. (2000). Da pediatria à psicanálise. (J. Russo, Trad.). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Obra original publicada 1958).
Winnicott, D. (2005). A família e o desenvolvimento individual. (M. B. Cipola, Trad.). São Paulo, SP: Martins Fontes. (Obra original publicada 1965)
Downloads
Publicado
2015-12-31
Como Citar
Ximenes, C. M. A., Stucchi, M. P., & de Lira, W. M. (2015). O desafio de ser psicoterapeuta: Articulações entre as clínicas de inspiração heideggeriana e winnicottiana. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 6(2), 02–17. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2015v6n2p02
Edição
Seção
Artigos Originais
Licença
Copyright (c) 2015 Estudos Interdisciplinares em Psicologia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Estudos interdisciplinares em Psicologia adota a licença CC-BY, esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
Este obra está licenciado com uma Licença Attribution 4.0 International (CC BY 4.0)














