Cinema e cineclubismo como processos de significação pessoal

Autores

  • Veruska Anacirema Santos da Silva Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2009v3n4p137

Palavras-chave:

Cinema, Cineclubismo, Processos de significação

Resumo

O propósito desse texto é refletir sobre as possibilidades de significação social entretidas nas práticas sociais do cinema e na legitimação desse domínio como um lugar de saberes e
fazeres. Destaco o cineclubismo como uma das práticas de imputação de sentido, que participa da estruturação de formas de ver e entender o mundo, com efeitos nas intenções e objetivações humanas. Como principal exemplo, tomo o Clube de Cinema da Bahia, fundado em 1950, que atuou na formação cultural de uma geração, incluindo nomes como o do cineasta Glauber Rocha. Para tanto, busco apoio no conceito sociosemiótico de cultura de Nestor García Canclini com suas teorizações a respeito dos processos de significação e dos atravessamentos simbólicos tecidos nas experiências culturais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Veruska Anacirema Santos da Silva, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Mestranda em Memória: Linguagem e Sociedade – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Referências

BAUMAN, Zygmunt. A sociedade individualizada: vidas contadas e histórias vividas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. São Paulo: Bertrand Brasil, 2004.

CARVALHO, Maria do Socorro Silva. Imagens de um tempo em movimento: cinema e cultura na Bahia nos anos JK (1956-1961). Salvador: Edufba, 1999.

COLINVAUX, Dominique. Aprendizagem. Revista Presença Pedagógica, n. 84, p.60-64, nov./dez. 2008.

FARIAS, Edson. Cultura Popular e Economia Simbólica no Brasil. Trabalho apresentado no III ENECULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Maio de 2007. Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador Bahia-Brasil.

FARIAS, Edson. Anotações de aula ministradas no curso de Mestrado em Memória: Linguagem e Sociedade da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Disciplina Teorias da Memória, 1º sem. 2008.

GARCÍA CANCLINI, Néstor. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. Rio de Janeiro: Editora URFJ, 2005.

GUSMÃO, Milene de Cássia Silveira. Dinâmicas do cinema no Brasil e na Bahia: trajetórias e práticas do século XX a XXI. 2007. 300p. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

LEÃO, Andréa Borges. Norbert Elias & a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

MACEDO, Felipe. História do Cineclubismo. Manual do Cineclube. São Paulo, 2008, 54 p. (Mimeo.)

MARTÍN-BARBERO, Jesus. Dos meios às mediações. Comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2003.

MARTÍN-BARBERO, Jesus.; REY, Gérman. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2001.

MATELA, Rose Clair. Cineclubismo: memórias dos anos de chumbo. Rio de Janeiro: Luminária Academia, 2008.

MORAES, Vinicius de. O cinema de meus olhos. São Paulo: Companhia das Letras. Cinemateca Brasileira, 1991.

ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 2001.

PIZZINI, Joel. Glauber Rocha: uma revolução baiana. Salvador: Petrobras. Tempo Glauber, 2008.

SILVEIRA, Walter da. Caráter do cinema baiano. In.: DIAS, José Umberto (org.) . Walter da Silveira: o eterno e o efêmero. Salvador: Oiti Editora e Produções Culturais Ltda, 2006. 2 v.

THOMPSON, John B. A Mídia e a Modernidade. Uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 1998.

TURNER, Graeme. Cinema como prática social. São Paulo: Summus, 1997.

Downloads

Publicado

2014-07-31

Como Citar

Silva, V. A. S. da. (2014). Cinema e cineclubismo como processos de significação pessoal. Domínios Da Imagem, 3(4), 137–148. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2009v3n4p137

Edição

Seção

Artigos gerais