O uso de fotografias como potencialização da prática nos estudos organizacionais: uma análise à luz de Bourdieu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2019v13n25p89

Palavras-chave:

Prática, Fotografia, Estudos organizacionais, Bourdieu

Resumo

Este ensaio teórico teve como objetivo geral compreender de que modo o uso de fotografias pode potencializar a prática, de acordo com a sociologia bourdieusiana, nos estudos organizacionais. As ideias e questões foram debatidas de maneira teórica, com o intuito de gerar reflexões em relação ao tema fotografia nos estudos organizacionais. A fotografia exerce uma função importante na sociedade, uma vez que captura momentos em determinados contextos por meio de seu aspecto visual. A sociologia bourdieusiana foi utilizada como apoio teórico neste ensaio. Foram discutidos os elementos que constituem a fotografia – sendo eles objetivos e subjetivos, em concordância com a história de acordo com Bourdieu – e ainda, devido a sua forte potência comunicativa, a fotografia como um discurso transmitido pela linguagem. Para alcançar o desenvolvimento das proposições, estabeleceu-se uma relação entre a fotografia e conceito de prática de Bourdieu. Tendo por base antecedente, foi discutido como a prática pode ser potencializada pela fotografia nos estudos organizacionais. Levando em consideração esses aspectos, inferiu-se que a fotografia pode ser considerada a representação objetiva da prática consolidada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

João Gabriel Dias dos Santos, Universidade Estadual de Londrina

Discente do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Londrina (PPGA-UEL).

Rafael Borim-de- Souza, Universidade Estadual de Londrina

Docente do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Londrina (PPGA-UEL).

Camilla Atibaia Cestari, Universidade Estadual de Londrina

Discente do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Londrina (PPGA-UEL).

Referências

ASTLEY, W. Graham; VAN de VEN, Andrew H. Debates e perspectivas centrais na teoria das organizações. Revista de Administração de Empresas, vol. 45, n. 2, p. 52-73, 2005. Disponível em http://www.fgv.br/rae/artigos/revista-rae-vol-45-num-2-ano-2005-nid-44776/. acesso em 13 de maio de 2019.

BARTHES, Roland. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

BENSON, J. Kenneth. Organizations: A dialectical view. Administrative science quarterly, v. 22, n. 1, p. 1-21, 1977. Disponível em https://www.jstor.org/stable/2391741. Acesso em: 24 de maio de 2019.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 2004.

BOURDIEU, Pierre. Concluding remarks: for a sociogenetic understanding of intellectual works. In.: CALHOUN, C.; LIPUMA, E.; POSTONE, M. Bourdieu: Critical Perspectives. Cambridge: Polity Press, 1993, p. 263-275.

BOURDIEU, Pierre. Economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2011.

BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria da prática -precedido de três estudos sobre etnologia Cabila. Oeiras: Celta, 2002.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.

BOURDIEU, Pierre. O senso prático. Petrópolis: Vozes 2009.

BOURDIEU, Pierre. Un Art Moyen. Essai sur lês usages de la photographie. Paris. Lês Editions de Minuit, 1965.

BOURDIEU, Pierre.; WACQUANT, Loïq. An Invitation to Reflexive Sociology. Chicago: Polity Press, 1992. 101p.

BURRELL, Gibson.; MORGAN, Gareth. In search of a framework. In: BURRELL, Gibson.; MORGAN, Gareth. Sociological paradigms and organizational analysis: elements of the sociology of corporate life. Hants: Ashgate, 1979.

CAULFIELD, Jon. Visual sociology and sociological vision, revisited. American Sociologist, 11(3), p. 56-68. 1996. Disponível em https://www.jstor.org/stable/i27702229. Acesso em: 24 maio 2019.

CAVEDON, Neusa Rolita. Fotoetnografia: a união da fotografia com a etnografia no descortinamento dos não ditos organizacionais. Organizações & Sociedade, Salvador, v. 12, n. 35, out./dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S198492302005000400001&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 05 jun. 2019.

COLLIER, John. Antropologia visual: a fotografia como método de pesquisa. São Paulo: EPU - Editora da USP. 1973.

EMIRBAYER, Mustafa.; MISCHE, Ann. What is agency? American Journal of Sociology, v. 103, p. 9621023, 1998. Disponível em https://www.jstor.org/stable/10.1086/231294. Acesso em: 05 jun. 2019.

EVERETT, Jeffery. Organizational Research and the Praxeology of Pierre Bourdieu. Organizational Research Methods, [s.l.], v. 5, n. 1, p.56-80, jan. 2002. SAGE Publications. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1094428102051005. Acesso em: 05 jun. 2019.

FERNANDES, Maria Esther. Imagem e olhar em pesquisa: para além do visível. Revista Hospitalidade, 8(2), p. 38-51. 2011. Disponível em https://www.revhosp.org/hospitalidade/article/download/468/480. Acesso em: 05 jun. 2019.

FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

HARPER, Douglas. Reimagining visual methods: Galileo to Neuromancer. In: DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. (Eds.). Handbook of qualitative research. 2. ed. Londres: Sage Publications Inc. p. 717-732. 2000.

HARPER, Douglas. Visual sociology: expanding sociological vision. American Sociologist, 19(1), p. 54- 70. 1988. Disponível em https://link.springer.com/article/10.1007/BF02692374. Acesso em: 05 jun. 2019.

MARSH, David.; FURLONG, Paul. A skin not a sweater: ontology and epistemology in political science. In: MARSH, D. e STOKER, G. Theory and Methods in Political Science. Pallgrave McMillan, 2002.

MONTEIRO, Charles. História, fotografia e cidade: reflexões teórico-metodológicas sobre o campo de pesquisa. MÉTIS: história e cultura, v. 5, n. 9, p. 11-23, jan./jun. 2006. Disponível em http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/view/781. Acesso em: 7 maio 2019.

REED, Michael. Teorização organizacional: um campo historicamente contestado. Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 1999.

SCOTT, William Richard. Reflections on a half-century of organizational sociology. Annu. Rev. Sociol., v. 30, p. 1-21, 2004. Disponível em https://www.annualreviews.org/doi/full/10.1146/annurev.soc.30.012703.110644. Acesso em: 14 maio 2019..

SEWELL, William. F. A theory of structure: duality, agency, and transformation. The American Journal of Sociology, v. 98, n. 1, p. 1-29, 1992. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/2781191. Acesso em: 9 maio 2019.

SWARTZ, David. L. Bringing Bourdieu’s master concepts into organizational analysis. Theory and Society, v. 37, n. 1, p. 45-52, 2008. Disponível em https://link.springer.com/article/10.1007/s11186-007-9053-x. Acesso em: 9 maio 2019.

VAUGHAN, Diane. Bourdieu and organizations: the empirical challenge. Theory and Society, v. 37, n. 1, p. 65-81, 2008. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s11186-007-9056-7. Acesso em: 26 maio 2019.

WACQUANT, L. Following Pierre Bourdieu into the field. Ethnography, v. 5, n. 4, p. 387-414, 2004. Disponível em https://www.jstor.org/stable/24047849. Acesso em: 26 maio 2019.

WARREN, Samantha. Empirical Challenges in Organizational Aesthetics Research: Towards a Sensual Methodology. Organization Studies, v. 29, n. 4, p. 559-580, abril 2008. Disponível em https://doi.org/10.1177/0170840607083104. Acesso em: 26 maio 2019.

WEICK, Karl. E. Seven properties of sensemaking. In.: WEICK, Karl. E. Sensemaking in organizations. Thousand Oaks: Sage Publications, Inc., 1995, p. 17-62.

WESTWOOD, Robert.; CLEGG, Stewart. The discourse of organization studies: dissensus, politics, and paradigms. In:WESTWOOD, Robert.; CLEGG, Stewart. (Ed.). Debating organization: point-counterpoint in organization studies. Oxford: Blackwell Publishing, 2003, p. 1-42.

Downloads

Publicado

2020-04-20

Como Citar

Santos, J. G. D. dos, Souza, R. B.- de-., & Cestari, C. A. (2020). O uso de fotografias como potencialização da prática nos estudos organizacionais: uma análise à luz de Bourdieu. Domínios Da Imagem, 13(25), 89–115. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2019v13n25p89

Edição

Seção

Artigos gerais