Mentir no plural: uma proposta de classificação das fake news
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2023v20n34p129%20Palavras-chave:
Fake news, Jornalismo, Política, Debate Público, PandemiaResumo
O fenômeno da desinformação na era das redes sociais tem na disseminação das notícias falsas um dos seus pilares. O objetivo deste artigo é identificar padrões na produção de notícias falsas divulgadas durante a pandemia de Covid-19 para justificar as políticas negacionistas adotadas pelo governo brasileiro. O corpus foi constituído por 142 matérias checadas pelas agências Lupa e Fato ou Fake entre maio e outubro de 2021. A pesquisa exploratória, de caráter quali-quantitativo, empregou análise de conteúdo e método dedutivo. Foram identificadas duas categorias de notícias falsas: invenção e adulteração; sendo esta última dividida em quatro subcategorias: distorção, descontextualização, fraude, falsa simetria. Ainda que 50% das notícias falsas tenham sido forjadas por processos primários de invenção, a análise identifica que a outra metade foi constituída por conteúdos distorcidos que indicam uma estrutura complexa de financiamento da produção.
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