“Monumento aos Pracinhas”: narrativa histórica e memorialística sobre a Força Expedicionária Brasileira

Autores

  • Pauline Bitzer Rodrigues Universidade Estadual de Londrina - UEL

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2013v6n12p551

Palavras-chave:

Memória, Narrativa, Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial

Resumo

Apesar de questionada e esquecida por muito tempo devido à associação da sua imagem à ditadura militar, a memória dos ex-combatentes brasileiros da Segunda Guerra Mundial foi e é muito comemorada por suas comunidades de memória, resultando em grande número de monumentos, em especial o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM-RJ), objeto deste trabalho. O presente artigo, produto da pesquisa realizada no programa de especialização em Patrimônio e História da Universidade Estadual de Londrina, visa analisar o conjunto monumental em sua integralidade, ou seja, o monumento físico em conjunto com seu aparato imaterial; o objetivo é perceber que narrativa histórica e memorial o MNMSGM pretendeu e pretende contar, a partir de todos os seus sentidos: material, simbólico e funcional. Ele é tomado, ainda, enquanto representação, produto e produtor de memórias e identidades não homogêneas e em constante transformação, e por isso analisado a partir da dialogia presente-passado-presente na relação entre sociedade e patrimônio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pauline Bitzer Rodrigues, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Mestranda de História Social pela Universidade Estadual de Londrina.

Referências

CABRAL, Magaly de Oliveira. Memória, patrimônio e educação. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, n.13, p. 35-42, 2004.

COMISSÃO DE REPATRIAMENTO DOS MORTOS DO CEMITÉRIO DE PISTÓIA Ata da 1ª Sessão realizada no Salão Nobre do Departamento Técnico e de Produção do Exército. Rio de Janeiro, 27 nov. 1952. p. 1. AMNMSGM Caixa s/numeração: Atas da Comissão de Repatriamento, 1952-1960.

CONNERTON, Paul. A memória social. In: CONNERTON, Paul. Como as sociedades recordam. Lisboa: Celta Editora, 1993. p. 1-48.

CYTRYNOWICZ, Roney. Guerra sem guerra: a mobilização e o cotidiano em São Paulo durante a Segunda Guerra Mundial. São Paulo: Geração Editorial, 2000.

DlEHL, Astor. Memória e identidade: perspectiva para a história. In: DlEHL, Astor. Cultura historiografica: memória, identidade e representação. São Paulo: Edusc, 2002. p. 111 -136.

FERRAZ, Francisco César Alves. A Guerra que não acabou: a reintegração social dos veteranos da Força Expedicionária Brasileira (1945-2000). Londrina: EDUEL, 2012.

FERRAZ, Francisco César Alves. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ. 1996.

HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Varia História, Belo Horizonte, v. 22, n. 36, p. 261-273, jul./dez. 2006.

HUYSSEN, Andreas. Passados presentes: mídia, política, amnésia. In: HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória. Arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. p. 9-40.

JULlÃO, Letícia. Enredos museais: intrigas da nacionalidade. 2008. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.

LE GOFF, J. Documento/ monumento. In: ROMANO, R (Org.). Enciclopédia einaudi: memoria-historia. Lisboa: Imprensa Nacional, 1984. v. 1, p. 95-106.

MATTOS, General. J. B. Os monumentos nacionais: a força expedicionária no bronze. Rio de Janeiro: SMG - Imprensa do Exército, 1960.

MAUAD, Ana Maria; NUNES, Daniela Ferreira. Discurso sobre a morte consumada: monumento aos pracinhas. In: KNAUSS, Paulo (Org.). Cidade vaidosa: imagens urbanas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Sete Letras, 1999. p. 73-92.

MENEZES, Ulpiano T. Bezerra. A história, cativa da memória? Para um mapeamento da memória no campo das Ciências Sociais. Revista do lnstituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 34, p. 9-24, 1992.

MONUMENTO aos Pracinhas, no Rio de Janeiro, começa a se transformar em paddock de F1. 2013. Disponível em: http://br.esporteinterativo.yahoo.com/noticias/spt--monumento-aospracinhas--no-rio-de-janeiro--come%C3%A7a-a-se-transformar-em-paddock-def%C3%B3rmula-1--152432324.html. Acesso em: 12 mar. 2013.

MONUMENTO nacional aos mortos da Segunda Guerra Mundial. Disponível em: http://www.mnmsgm.ensino.eb.br/. Acesso em: 5 ago. 2013.

NORA, Pierre. Entre memória e historia: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, n. 10, dez. 1993.

PIOVEZANI, Adriane. Cemitérios e mausoléus militares no Brasil; o embate entre o laico e o confessional. In: SIMPOSIO NACIONAL DE HISTORIA - ANPUH, 26., 2011, São Paulo. Anais ... São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1297267456_ARQUIVO_ cemiteriosmilitares.pdf. Acesso em: 20 out. 2012.

ROCHA, Ricardo de Souza. A arquitetura moderna diante da esfinge ou a nova monumentalidade - uma análise do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 15, n. 2. p. 151-167, jul./dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v15n2Ja16v15n2.pdf. Acesso em: 5 set. 2012.

ROSENHECK, Uri. Entre a comemoração do passado e a construção do futuro: os monumentos da FEB em seus contextos. Revista Militares e Política, Rio de Janeiro, n. 3, p. 7-16, jul./dez. 2008. Disponível em: http://www.lemp.historia.ufrj.br/ revista/ante/Militares_e_politica_LEMP_n_03.pdf. Acesso em: 15 jan. 2012.

SANTOS, M. S. A escrita do passado em museus históricos. Rio de Janeiro: Garamond, Minc, IPHAN, DEMU, 2006.

Downloads

Publicado

03-12-2013

Como Citar

RODRIGUES, Pauline Bitzer. “Monumento aos Pracinhas”: narrativa histórica e memorialística sobre a Força Expedicionária Brasileira. Antíteses, [S. l.], v. 6, n. 12, p. 551–576, 2013. DOI: 10.5433/1984-3356.2013v6n12p551. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/14884. Acesso em: 25 nov. 2024.