O crime popular: publicidade literária e regeneração na Primeira República
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2013v6n12p526Palabras clave:
Literatura de crime, Primeira República, Regeneração, Romance-folhetim, Realidade macabraResumen
Este artigo nasceu de algumas apreensões a respeito do contexto sociocultural de publicação do romance-folhetim Memórias de um rato de hotel, publicado pelo cronista-jornalista João do Rio no jornal Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro em 1911-1912, romance que é considerado por nós como um exemplar de literatura de crime através do qual se pretendeu investigar e refletir a respeito da figura do crime e do criminoso neste período. No intuito de pensar as tensões do campo cultural e artístico em que nosso objeto de análise foi publicado, aqui procuramos destacar a relação entre uma “cultura da regeneração”, que propunha pensar e reorganizar sua sociedade, com uma “cultura de massa” que transformava o meio jornalístico. Assim, apresentamos alguns comentários em torno das notícias sensacionais sobre crimes que eram publicadas nos jornais do momento juntamente com histórias ficcionais com a mesma temática; ao mesmo tempo em que procuramos compreender uma influência “maligna” que era atribuída a estas publicações nas falas de alguns representantes influentes das correntes cientificistas e, ainda, observar uma função social moral e pedagógica que era conferida aos jornais, sempre no intuito de resgatar ou regenerar a população considerada doente e assim sanar os problemas nacionais.Descargas
Citas
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim. 2. ed. Campinas: Unicamp. 2001.
EL FAR, Alessandra. Páginas de sensação: literatura popular pornográfica no Rio de Janeiro (1870-1920). São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
FERRI, Enrico. Os criminosos na arte e na literatura. Porto Alegre: Ricardo Lenz, 2001.
KALIFA, Dominique. Crime scenes: criminal topography and social imaginary in Nineteenth•Century Paris. French Historical Studies, Druham, v. 27, n. 1, p. 175-194, 2004.
KALIFA, Dominique. História, crime e cultura de massa. Topoi, Rio de Janeiro, v. 13, n. 25, p. 185-192, jul./dez. 2012.
MEYER, Marlyse. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
NEEDELL, Jeffrey. Belle Époque Tropical. São Paulo: Companhia da Letras, 1993.
NEVES-MANTA, Inaldo de Lyra. A arte e a neurose de João do Rio. 5. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
PORTO, Ana Gomes. Novelas sangrentas: literatura de crime no Brasil (1870-1920). Campinas: Unicamp, 2009.
PRADO, Antonio. Itinerário de uma falsa vanguarda. São Paulo: Ed. 34, 2010.
RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade na história da literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A Revista Antíteses adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es), que cedem à Revista Antíteses o direito de exclusividade de primeira publicação.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/