O samba tinha mais vida: memória de músicos e integrantes das comunidades do samba em Florianópolis/SC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2018v11n21p413

Palavras-chave:

História do tempo presente, Memória, Música popular, Identidade cultural

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os discursos em torno da identidade cultural através das manifestações da música popular em Florianópolis, Santa Catarina, a partir de entrevistas com músicos e participantes das comunidades do samba, enfatizando, principalmente, a questão das formas musicais e melódicas que compunham em meados do século XX. Pautadas na valorização dos antigos instrumentos, na forma como eram confeccionados, nos formatos dos conjuntos, grupos e nos gêneros musicais, estas memórias nos conduzem e nos auxiliam para uma reflexão historiográfica sobre experiências musicais enquanto formas de lazer, de afirmação e representação cultural, aqui se entendendo como linguagens e representações de mundo, tal como esta se configura nos pressupostos teóricos da Historia do Tempo Presente. A música, nesse sentido, se torna um dos agentes formadores dos discursos em torno da identidade cultural das populações que compõe as regiões periféricas urbanas.

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Biografia do Autor

Lisandra Barbosa Macedo Pinheiro, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutoranda em História na Universidade do Estado de Santa Catarina.

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Publicado

24-07-2018

Como Citar

PINHEIRO, L. B. M. O samba tinha mais vida: memória de músicos e integrantes das comunidades do samba em Florianópolis/SC. Antíteses, [S. l.], v. 11, n. 21, p. 413–429, 2018. DOI: 10.5433/1984-3356.2018v11n21p413. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/32641. Acesso em: 28 mar. 2024.