The relations of Michel Foucault with Clio: historians, the philosopher, the history and historical ontology

Authors

  • Igor Guedes Ramos Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2014v7n13p333

Keywords:

Historiography, Theory of history, Michel Foucault

Abstract

The relationship of Michel Foucault to historians was not linear: for often invade areas of Clio, since History of Madness (1961) was never ignored but, never openly accepted. The dialogues between the philosopher and historians were marked by various forms of theoretical-methodological appropriation, strategic and critical approximations, ranging from mild warnings to complete rejection and disqualification. From the texts and speeches of Foucault and some historians – most linked to Annales – we try to discuss these dialogues in moving at two levels, namely: First, through an historiographical character analysis, we reconstitute the trajectory of the relationship between Foucault and historians. And second, through a reflection of a theoretical and methodological framework, we define the practices that make up the Foucault’s historical ontology of ourselves and those that usually compose the historian’s craft. Thus, we believe to have a better understanding of what underlies the rugged path of dialogue between historians and the philosopher and consequently, allow further research on the topic in question and other modes to historians use Foucault’s thinking.

Author Biography

Igor Guedes Ramos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP

Master in Social History from the Universidade Estadual de Londrina. Doctoral student in History at the Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

References

ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. História: a arte de inventar o passado. Ensaios de teoria da história. Bauru: Edusc, 2007.

ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. O Historiador Naif ou a análise historiográfica como prática de excomunhão. Disponível em http://www.cchla.ufrn.br/ppgh/docentes/durval/artigos/segunda_remessa/o_historiador_naif.pdf Acesso em 05 de abril de 2012.

BARROS, José D’Assunção. O Projeto de pesquisa em história. 7. ed., Petrópolis: Vozes, 2011.

BLOCH, Marc Leopold Benjamin. Apologia da História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

BRAUDEL, Fernand. Escritos dobre a história. São Paulo: Perspectiva, 1978.

CARDOSO JR., Hélio Rebello. Tramas de Clio: convivência entre filosofia e história. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2001.

CARDOSO, Ciro Flamarion. Ensaios racionalistas: filosofia, ciências naturais e história Rio de Janeiro: Campus, 1988.

CARDOSO, Ciro Flamarion. Um historiador fala de teoria e metodologia. Bauru: EDUSC, 2005.

CERTEAU, Michel de. A escrita da história. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. v. 1, Petrópolis: Vozes, 1994.

CHARTIER, Roger. A beira da falésia: a história entre incertezas e inquietude. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2002.

DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

ERIBON, Didier. Michel Foucault. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

FEBVRE, Lucien. Combates pela história. 3. ed., Lisboa: Editora Presença, 1989.

FOUCAULT, Michel (ed.). Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão... um caso de parricídio do século XIX. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1977.

FOUCAULT, Michel. A poeira e a nuvem. IN: Ditos e escritos: estratégia, poder-saber. 2. ed., v. 4, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006a, p. 323-334.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. 3. ed. Rio de Janeiro: NAU Editora, 2002.

FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. 7. ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

FOUCAULT, Michel. Conversa com Michel Foucault. IN: Ditos e escritos: repensar a política. v. 6, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010a, p. 289-347.

FOUCAULT, Michel. Diálogo sobre o poder. IN: Ditos e escritos: estratégia, poder-saber. 2. ed., v. 4, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006, p. 253-266.

FOUCAULT, Michel. É importante pensar? IN: Ditos e escritos: repensar a política. v. 6, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010, p. 354-358.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso dado no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FOUCAULT, Michel. Entrevista IN: DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

FOUCAULT, Michel. Estruturalismo e pós-estruturalismo. IN: Ditos e escritos: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2. ed., v. 2, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005d, p. 307-334.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade II: o uso dos prazeres. 3. ed., Rio de Janeiro: Edição Graal, 2010b.

FOUCAULT, Michel. Mesa-redonda em 20 de maio de 1978. IN: Ditos e escritos: estratégia, poder-saber. 2. ed., v. 4, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006b, p. 335-352.

FOUCAULT, Michel. Michel Foucault explica seu último livro. IN: Ditos e escritos: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2. ed., v. 2, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005b, p. 145-152.

FOUCAULT, Michel. O que são as Luzes? IN: Ditos e escritos: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2. ed., v. 2, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005c, p. 335-351.

FOUCAULT, Michel. Retorno à História. IN: Ditos e escritos: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2. ed., v. 2, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005a, p. 282-295.

FOUCAULT, Michel. Sobre as maneiras de escrever a história. IN: Ditos e escritos: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2. ed., v. 2, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005, p. 62-77.

FOUCAULT, Michel. Verdade e poder. IN: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edição Graal, 1979.

GINZBURG, Carlo. Mitos, Emblemas e Sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela inquisição. São Paulo: Companhia das Letras (Companhia de Bolso), 2006.

GOMES, Tiago de Melo. A força da tradição: a persistência do Antigo Regime historiográfico na obra de Marc Bloch. Varia História. Belo Horizonte, v. 22, n. 36, pp. 443-459, jul./dez. 2006.

LE GOFF, Jacques. Foucault e a “nova história”. Plural (Sociologia), USP, São Paulo, n. 10, pp. 197-209, 2º sem. 2003.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Ed. da Unicamp, 1990.

MEGILL, Allan. The reception of Foucault by historians. Journal of the History of Ideas, University of Pennsylvania Press, v. 48, n. 1, pp. 117-141, jan./mar. 1987.

O’BRIEN, Patricia. A história da cultura de Michel Foucault. In HUNT, Lynn. A nova história cultural. 2. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2001.

PERROT, Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

SARTRE, Jean Paul. Jean-Paul Sartre répond, L’Arc, Paris, n. 30, 1966. Disponível em http://www.pileface.com/sollers/IMG/pdf/Sartre_repond_in_Arc.pdf. Acesso em 29 de outubro de 2011.

VEYNE, Paul. Como se escreve a história & Foucault revoluciona a história. 4. ed. Brasília: Editora da UNB, 1998.

VEYNE, Paul. Foucault: seu pensamento, sua pessoa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

VILAR, Pierre. Histoire marxiste, histoire en construction: essai de dialogue avec Althusser. Annales: Économies, Sociétés, Civilisations. 28e année, n. 1, p. 165-198, 1973.

VILAR, Pierre. História marxista, história em construção. IN: LE GOFF, Jacques (org.). História: novos problemas. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1976.

Published

2014-07-12

How to Cite

RAMOS, Igor Guedes. The relations of Michel Foucault with Clio: historians, the philosopher, the history and historical ontology. Antíteses, [S. l.], v. 7, n. 13, p. 333–357, 2014. DOI: 10.5433/1984-3356.2014v7n13p333. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/15389. Acesso em: 4 jul. 2024.