Sudene:
os percursos sensíveis em relação à pobreza
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2023v16n32p471-499Palavras-chave:
Sudene, sensibilidade, subdesenvolvimentoResumo
Em meados do século XX, a dimensão do sensível constituía a principal marca do discurso sobre a pobreza seja na literatura, no ensaio ou nos relatórios científicos de instituições especializadas em planejamento e pesquisas sociais. Esse caráter permanente das reflexões foi ensejado, entre outros fatores, pelo surgimento de órgãos comprometidos em produzir um significado canônico para a realidade de penúria do Nordeste brasileiro. Neste artigo, analisamos como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene se constituiu como esforços para a construção e adensamento dessa sensibilidade em relação à pobreza.
Downloads
Referências
ANDRADE, Manuel Correia de. A terra e o homem no Nordeste: contribuições ao estudo da questão agrária no Nordeste. São Paulo: Brasiliense, 1963.
ANDRADE, Manuel Correia de. Lutas camponesas no Nordeste. São Paulo: Ática, 1989.
ANSART, Pierre. A gestão das paixões políticas. Curitiba: Ed. UFPR, 2019.
BENEVIDES, Maria Vitoria. O governo Kubitscheck: desenvolvimento econômico e estabilidade política 1956-1961. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
VIEIRA, Rosa Maria. Celso Furtado e o Nordeste no Pré-64: reforma e ideologia. Projeto História (PUCSP), São Paulo, v. 1, n. 29, p. 53-86, 2004.
BOSI, Alfredo. Economia e humanismo. Estudos Avançados, São Paulo, v. 26, n. 75, p. 249-266, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142012000200017
BRASIL. Lei n. 3.692, de 15 de dezembro de 1959. Institui a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e dá outras providências. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1959.
BRASIL. Lei n. 3.995, de 14 de dezembro de 1961. Aprova o Plano Diretor da SUDENE, para o ano de 1961, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1961.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. A construção política do Brasil. São Paulo: Editora 34, 2015.
CASTRO, Josué de. Geografia da Fome: a fome no Brasil. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1946.
CASTRO, Josué de. O livro negro da fome. São Paulo: Brasiliense, 1957.
CINTRA DO PRADO, Luiz. Os princípios básicos e a significação social do movimento "Economia e Humanismo". Digesto Econômico, São Paulo, p. 31- 42, 1948.
FRESTON, Paul. Um império na província: o Instituto Joaquim Nabuco em Recife. In: MICELI, Sergio (org.). História das Ciências Sociais no Brasil. São Paulo: Editora Sumaré, 2001. p. 316-358.
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
FURTADO, Celso. Obra autobiográfica. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
FURTADO, Celso. Teoria e política do desenvolvimento econômico. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
GTDN – GRUPO DE TRABALHO DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. Uma política de desenvolvimento para o Nordeste. Rio de Janeiro: Depto de Imprensa Nacional, 1959.
JUCÁ, Joselice. Joaquim Nabuco: uma instituição de pesquisa e cultura na perspectiva do tempo. Recife: Fundaj: Ed. Massangana, 1991.
MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina. São Paulo: José Olympio, 1956.
MELO NETO, João Cabral de. O cão sem plumas. In: MELO NETO, João Cabral de. O rio: ou, relação da viagem que fez o Capibaribe de sua nascente a cidade do Recife. São Paulo: Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo: Serviços de Comemorações Culturais, 1954.
MELO, Mário Lacerda de. Bases geográficas dos problemas do Nordeste. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 24, n. 4, p. 503-541, 1962.
MENDES, Flávio da Silva. No olho do furacão: Celso Furtado e Francisco de Oliveira nos primeiros anos da Sudene. Lua Nova. Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 100, p. 283-311, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-283311/100
MOREIRA, Raimundo. O Nordeste brasileiro: uma política regional de industrialização. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
NASCIMENTO, Angela C. M. Sudene, informação e educação em Pernambuco, 1960-1980. 2011. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista. In: OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista: o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003. Publicado originalmente em Estudos Cebrap, n .2, 1972.
OLIVEIRA, Francisco de. Elegia para uma re(li)gião: Sudene, Nordeste - planejamento e conflito de classes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
PAGE, Joseph A. A revolução que nunca houve. Rio de Janeiro: Editora Record, 1972.
PERNANBUCO. Secretaria da Casa Civil. Comissão Estadual de Memória e Verdade Dom Helder Câmara. Transcrição da Sessão Pública realizada em 24/09/2015: local: Auditório Calouste Goubenkian – FUNDAJ. Recife: Comissão Estadual de Memória e Verdade Dom Helder Câmara, 2015.
SILVA, Suely Braga da. Os Anos JK: 50 anos em 5: a odisséia desenvolvimentista. In: CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE HISTÓRIA CONTEMPOR NEA. O Brasil de JK. Rio de Janeiro: CPDOC, 2002. Verbete Temático.
SKIDMORE, Thomas E. Brasil: de Getúlio Vargas a Castelo Branco. 1930/1964. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
SUDENE - SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. ATA da primeira sessão da quarta reunião ordinária do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, realizada no dia 1º de junho de 1960. Recife: [s. n.], 1960. Disponível em: http://procondel.sudene.gov.br/acervo/ATA_S1_004_1960.pdf. Acesso em: 20 abr. 2023.
SUDENE - SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. Ata da vigésima terceira reunião ordinária do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do nordeste, realizada no dia 4 de abril de 1962. Disponível em: http://procondel.sudene.gov.br/acervo/ATA_023_1962.pdf. Acesso em: 20 abr. 2023.
SUDENE - SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. I Plano Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social do Nordeste (1961-1963). Recife: Div. Documentação, 1966.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Fabio Silva de Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Antíteses adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es), que cedem à Revista Antíteses o direito de exclusividade de primeira publicação.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Dados de financiamento
-
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Números do Financiamento 2017/26955-8