Os povos da floresta na produção do espaço e da sustentabilidade na Amazônia
o caso do território do Médio Juruá – Carauari/AM
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2023v16n31p059-086Palavras-chave:
Seringueiros;, Governança socioambiental;, Resistência, Território do Médio Juruá, Produção do espaçoResumo
Este artigo aborda a relação dos seringueiros da Amazônia com a proteção das florestas frente às ameaças para o ambiente. Destaca os aspectos históricos da categoria, desde os processos de exploração do trabalho nos ciclos da borracha até as formas de resistência do Conselho das Populações Extrativistas localizadas no Médio Rio Juruá, Carauari/AM. As informações foram norteadas a partir de revisão bibliográfica e das narrativas das populações deste território coletadas por meio da técnica de história oral. As análises partiram da concepção de Henri Lefebvre acerca da produção do espaço. Apesar do apogeu econômico, os ciclos da borracha foram marcados pela exploração do trabalho de seringueiros e suas famílias. O Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) surge como uma forma de resistência a esta problemática. Seu papel é garantir o acesso aos direitos sociais para os povos da floresta acompanhando as ações do Estado. Estes sujeitos atuaram localmente para a consolidação de áreas protegidas, garantindo melhoria da qualidade de vida e geração de renda. Desta forma, solidificando uma governança socioambiental para a promoção da sustentabilidade e da justiça socioambiental.
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