O aroma desejado por toda a Europa: exploração, comércio e extinção do pau-cravo amazônico (Dicypellium caryophyllaceum) a partir do século XVIII

Nathália Moro; Christian  Fausto Moraes dos Santos

doi:10.5433/1984-3356.2024v17n33p494-527

Autores

Nathália Moro Universidade Estadual de Maringá https://orcid.org/0000-0002-5944-3151
Christian Fausto Universidade Estadual de Maringá https://orcid.org/0000-0002-7537-4547

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2024v17n33p494-527

Palavras-chave:

Floresta Amazônica, Pau-cravo, Colonização, Século XVIII, Extinção de Espécies

Resumo

Ao pensarmos na floresta amazônica enquanto espaço de estudos e reflexões, comumente, dialogamos acerca das atividades extrativistas atuais. Embora tais debates sejam indispensáveis, é importante relembrarmos que as práticas exploratórias na Amazônia são muito mais antigas e trágicas do que nos parecem à primeira vista. Ao longo desse artigo, apresentaremos o processo de exploração e extinção de uma das espécies que mais traduz o que foi a extração depreciativa e colonizatória da atual Amazônia brasileira. Conhecido popularmente como pau-cravo e encontrado em abundância durante o século XVIII, atualmente, o Dicypellium caryophyllaceum ocupa a lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Nossa intenção com esse estudo é compreender o imenso impacto que a colonização portuguesa provocou sobre a floresta amazônica desde o período setecentista. Para isso, contamos com uma série de registros do período que nos revelam a história dessa exploração. Cartas, tratados, relatos de viajantes e documentos oficiais são algumas de nossas fontes. Ao lado delas, várias referências bibliográficas nos ajudam a compreender como e por que as "especiarias da terra" atingiram valores tão elevados e movimentaram tanto o mercado do Velho Mundo.

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Biografia do Autor

Christian Fausto, Universidade Estadual de Maringá

Christian Fausto Moraes dos Santos possui pós-doutorado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008), doutorado em Ciências, sub-área História das Ciências e da Saúde pela Casa de Oswaldo Cruz - FIOCRUZ (2005), mestrado em Geografia, sub-área História das Ciências pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2002) e Licenciatura Plena em História pela História pela Universidade Estadual de Maringá (1998). Atualmente é professor doutor adjunto da Universidade Estadual de Maringá (UEM), atuando no curso de graduação e pós-graduação (Mestrado) em História. É consultor ad hoc da CAPES na área de História das Ciências e membro de conselhos editoriais de Periódicos como Delaware Review of Latin American Studies e Revista Diálogos. É coordenador do Laboratório de História, Ciências e Ambiente (LHC) da Universidade Estadual de Maringá. Tem experiência na área de História, com ênfase em História das Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Alimentação, História das Ciências Naturais e História das Ciências da Saúde.

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