A misericórdia de Lisboa e os edifícios jesuítas do século XVIII: história e património
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2021v14n28p491Palavras-chave:
Misericórdia de Lisboa, Casa Professa de São Roque, Casa da Misericórdia, Assistência, JesuítasResumo
Desde a sua fundação até ao presente, as Misericórdias ocuparam edifícios preexistentes como forma de assegurarem o cumprimento da sua atividade assistencial, organizarem o quotidiano assistencial e celebrarem as missas de obrigação. É neste contexto que em 1768 a Misericórdia de Lisboa se instala na casa professa dos Jesuítas em Lisboa –a Casa Professa de São Roque. O presente texto procura aprofundar o contexto da ocupação da casa professa de Lisboa e simultaneamente refletir sobre a relação que as Misericórdias estabeleceram com a arquitetura e com o espaço edificado, que desde o início da sua fundação sempre se mostrou particular e determinante. Analisar-se-á o processo considerando a doação do edifício de São Roque à Misericórdia, mas também outras doações realizadas à mesma instituição, como a do Colégio de Santo Antão para a instalação do Hospital Real de Todosos-Santos e a dos bens das extintas confrarias instaladas na casa professa, e destacar-se-á como todas estas doações concorreram para consolidar a posição da Misericórdia, reforçando as suas condições materiais e financeiras para uma mais conveniente prossecução dos seus objetivos assistenciais
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