Povoações indígenas e roças do comum na fronteira entre o Pará e o Maranhão (1790-1833)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2021v14n27p84Palavras-chave:
Fronteira, Pará, Maranhão, Povoações indígenas, ConflitosResumo
O artigo busca discutir faces da organização, produção agrícola e conflitos ocorridos no interior de povoações indígenas localizadas nas proximidades do rio Turiaçu, na fronteira entre o Pará e o Maranhão na última década do século XVIII, e os motivos e interesses que levaram o governador da capitania do Pará Francisco de Souza Coutinho a propor um novo projeto de civilização das populações indígenas que viviam nas povoações e as medidas tomadas a partir da publicação da Carta Régia promulgada em 1798 que prévia o auto governo das populações indígenas e pôs fim aos espaços e bens indígenas previstos pelo Diretório. Assim como perceber os desdobramentos da aplicação da Carta Régia no início do século XIX que deram novos direcionamentos e sentidos as povoações indígenas e seus bens comuns.Downloads
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