A criminalização do MST e a formação dos operadores do sistema de justiça no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2014v7n14p417

Palavras-chave:

Operadores de Justiça, Formação, História, Brasil

Resumo

O artigo discute os problemas técnicos e históricos da formação dos principais operadores do sistema de justiça no Brasil, mormente delegados, promotores e magistrados. Busca mostrar que existe uma cultura histórica herdada, baseada no valor da desigualdade, que se incorpora à formação universitária destes operadores de justiça e que vai influenciar consideravelmente suas decisões ao longo da condução de processos penais movidos contra sem terras. Baseia-se na análise de um conjunto de dados extraídos das instituições responsáveis pela formação destes operadores, tais como universidades, escolas de magistratura e escolas do Ministério Público.

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Biografia do Autor

Adalmir Leonidio, Universidade de São Paulo - USP

Doutor em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Professor Associado II do Departamento de Economia e Sociologia da Universidade de São Paulo.

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Publicado

19-12-2014

Como Citar

LEONIDIO, A. A criminalização do MST e a formação dos operadores do sistema de justiça no Brasil. Antíteses, [S. l.], v. 7, n. 14, p. 417–441, 2014. DOI: 10.5433/1984-3356.2014v7n14p417. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/19912. Acesso em: 28 mar. 2024.