A tradição em dois escopos: patrimônio cultural e sambas de roda

Autores

  • Marcus Bernardes de Oliveira Silveira Universidade Federal de Goiás - UFG

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2015v8n16p279

Palavras-chave:

Patrimônio cultural, Samba de roda, Tradição, Políticas culturais, Culturas populares

Resumo

O Samba de Roda passou por um processo de patrimonialização nos anos de 2004 e 2005, sendo considerado consecutivamente Patrimônio Imaterial Nacional pelo IPHAN e Patrimônio Oral da Humanidade pela UNESCO. Em função do crescente aumento de políticas públicas no campo cultural, nota-se a intersecção da tradição que deve ser reconhecida e ajudada pelo Estado (representante burocrático da modernidade). Neste ínterim, ocorre um processo de valorização da música (o Samba de Roda) em detrimento dos atores envolvidos no processo. Este artigo, a partir do estudo etnográfico do Samba de Roda na cidade de Conceição do Jacuípe – BA problematiza tanto as dinâmicas de socialização promovidas pelo samba quanto a história da cidade, buscando compreender o processo de construção social da música; apresentando também as relações entre os discursos e práticas de tradição dos grupos pesquisados com a dimensão política do processo de patrimonialização.

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Biografia do Autor

Marcus Bernardes de Oliveira Silveira, Universidade Federal de Goiás - UFG

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Mestrando em Antropologia Social pela Universidade Federal de Goiás.

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Publicado

18-01-2016

Como Citar

SILVEIRA, M. B. de O. A tradição em dois escopos: patrimônio cultural e sambas de roda. Antíteses, [S. l.], v. 8, n. 16, p. 279–302, 2016. DOI: 10.5433/1984-3356.2015v8n16p279. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/18607. Acesso em: 29 mar. 2024.