Entre barcos e telegramas: a crise do asilo diplomático depois do fim da Revolta da Armada (1894)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2014v7n13p134

Palavras-chave:

Revolta da armada, Asilo diplomático, Navios de guerra, Quarentena, Telegramas

Resumo

A Revolta da Armada terminou em 13 março de 1894 com o asilo diplomático de mais de quinhentos combatentes brasileiros em duas corvetas de guerra de Portugal. Este episódio originou uma disputa entre Brasil e Portugal baseada em diferentes interpretações do direito internacional da época. Em meio as negociações, as duas embarcações saíram do Rio de Janeiro e rumaram para Buenos Aires onde um novo barco seria fretado para transportá-los até território português. Ao chegar à Buenos Aires, os comandantes, cumprindo ordens, negaram-se a permitir o desembarque dos asilados para realizar a quarentena junto ao Lazareto de Martín Garcia. A insatisfação com a superlotação, somado com o receio de uma epidemia de alguma doença, proporcionou fugas de asilados e um conflito diplomático entre Portugal e a Argentina. Em seguida, as corvetas portuguesas rumaram para Montevideo, onde houve um processo semelhante e uma fuga em massa dos asilados nesta cidade. A situação desagradou o governo brasileiro que resolveu romper as relações diplomáticas com Portugal. Todo esse processo foi permeado por uma intensa troca de telegramas entre os representantes dos Estados e seus respectivos diplomatas.

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Biografia do Autor

João Júlio Gomes dos Santos Júnior, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Mestre e Doutor em História pela Pontifícia Universidade Catóiica do Rio Grande do Sul com período sanduíche da CAPES junto à Freie Universität Berlin.

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Publicado

12-07-2014

Como Citar

SANTOS JÚNIOR, João Júlio Gomes dos. Entre barcos e telegramas: a crise do asilo diplomático depois do fim da Revolta da Armada (1894). Antíteses, [S. l.], v. 7, n. 13, p. 134–157, 2014. DOI: 10.5433/1984-3356.2014v7n13p134. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/16551. Acesso em: 5 nov. 2024.