Entre Paulas, Martas, Pedros, Anas... para entender as complexas relações sujeitos/saberes no contexto da aprendizagem histórica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2013v6n12p148

Palavras-chave:

Ensino de história, Educação histórica, Formação de professores, Aprendizagem histórica, Cotidiano escolar

Resumo

Compreendemos a sala de aula como um espaço de entrecruzamento dos saberes de professores e alunos e permeado por interferências da sociedade na qual a escola esta inserida. O objetivo deste texto é conhecer a prática pedagógica de duas professoras quanto ao ensino de História nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental para compreender como o trabalho que desenvolvem interfere na construção do conhecimento histórico dos alunos. A pesquisa na tipologia estudo de caso, contou com a participação de docentes de duas escolas municipais localizada na cidade de Londrina. Os dados, coletados por meio de observação em sala de aula e entrevista semi estruturada com as professoras, foram analisados a partir dos pressupostos teóricos anunciados por Isabel Barca, Hilary Cooper e Keity Barton. Concluímos que há semelhanças e diferenças quanto à prática das professoras e comportamento dos alunos nas duas salas de aula. De forma geral, o trabalho com a História baseia-se, quase que exclusivamente, na leitura do livro didático e na cobrança para que os alunos retenham as informações que este apresenta. Há um silenciamento frente aos questionamentos levantados pelos alunos quanto aos conteúdos e são inexistentes abordagens que possibilitem aos alunos compreenderem que o passado pode ter várias interpretações.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Flávia Eloisa Caimi, Universidade de Passo Fundo - RS

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora titular da Universidade de Passo Fundo.

Sandra Regina Ferreira de Oliveira, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Educação Universidade Estadual de Campinas. Docente da Universidade Estadual de Londrina.

Referências

BARCA, Isabel (Org.). O pensamento histórico nos jovens. Braga: Universidade do Minho, 2000.

BARCA, Isabel (Org.). Perspectivas em educação histórica. Centro de Estudos em Educação e Psicologia/lnstituto de Educação e Psicologia/Universidade do Minho, 2001.

BARTON, Keith. Idéias das crianças acerca da mudança através dos tempos: resultados de investigação nos Estados Unidos e na Irlanda do Norte. In: BARCA, Isabel (Org.). Perspectivas em educação histórica. Centro de Estudos em Educação e Psicologia/Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do Minho. 2001. p. 55-68.

COOPER, Hilary. Didáctica de la história em la educación infantil y primária. Madrid: Morata: 2002.

COSTA, Marisa Vorraber (Org.). Caminhos investigativos II: outros modelos de pensar e fazer pesquisa em educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

LERNER, Delia. O ensino e o aprendizado escolar. Argumentos contra uma falsa oposição. In: CASTORINA, J. A. et al. Piaget - Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1996. p. 85•146.

MIRANDA, Sonia Regina. Sob o signo da memória: cultura escolar, saberes docentes e história ensinada. São Paulo: UNESP/UFJF, 2008.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

TUMA, Magda Madalena. Viver é descobrir: história. São Paulo: FTD, 2001.

Downloads

Publicado

03-12-2013

Como Citar

CAIMI, F. E.; OLIVEIRA, S. R. F. de. Entre Paulas, Martas, Pedros, Anas... para entender as complexas relações sujeitos/saberes no contexto da aprendizagem histórica. Antíteses, [S. l.], v. 6, n. 12, p. 148–167, 2013. DOI: 10.5433/1984-3356.2013v6n12p148. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/13320. Acesso em: 19 mar. 2024.