Ecos Kararaô - nosso açougue é o mato, nosso mercado é o rio: considerações a respeito da Hidrelétrica Belo Monte
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2014.v1.18288Palabras clave:
Amazônia, Belo Monte, Comunidades, Desenvolvimento, Discurso.Resumen
Este artigo objetiva apontar alguns aspectos da participação de diversas etnias indígenas e comunidades tradicionais nos embates que envolvem os governos em suas esferas federal, estadual e municipal. Visa também evidenciar a questão dos acordos comerciais e a implantação de mais um dos empreendimentos de grande porte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que proporcionará grandes impactos ambientais e étnicos para as populações que estão dentro e no entorno da área afetada diretamente pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte - UHBM, no Estado do Pará. O discurso do progresso proferido pelos defensores da hidrelétrica confronta-se com os contextos e objetivos das comunidades que não visualizam os benefícios oriundos do empreendimento, estes indicadores de grandes transformações nos modos de vida, visto que a relação intrínseca com o rio será definitivamente rompida e a nova realidade se sobreporá em seus territórios, de modo que algumas de suas práxis existenciais não poderão ser realizadas em virtude da implantação da UHBM.
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