O lugar, a história e a memória: Vila Murtinho, um lugar sem lugaridade
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2024.v10.49878Palavras-chave:
Lugar, Lugaridade, Memória, Vila MurtinhoResumo
O artigo aborda a história da Vila Murtinho, uma comunidade que surgiu durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), destacando sua importância no contexto do Ciclo da Borracha e sua posterior decadência após a desativação da ferrovia. Utilizando conceitos como lugar e lugaridade, o texto reflete sobre a relação entre os habitantes e o ambiente, destacando a necessidade de preservação não apenas dos aspectos materiais, mas também das memórias e experiências ligadas ao local. Tuan e Relph fornecem perspectivas sobre a experiência espacial e a relação das pessoas com o lugar, enfatizando a importância dos vínculos emocionais e subjetivos. A não-lugaridade é discutida como uma falta de conexão emocional ou cultural com um espaço específico e, neste artigo, debatemos a resiliência de Vila Murtinho como lugar, apesar de sua não-lugaridade aparente, destacando as memórias e experiências humanas profundas que continuam a ecoar na paisagem. Assim, a história e o abandono da estrada de ferro não apenas evidenciam a interação complexa entre espaço, lugar e geograficidade, mas também destacam a resiliência de Vila Murtinho como lugar, cuja identidade e significado continuam a ser moldados pelas experiências humanas e pela relação profunda com o ambiente em que vivem.
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